Em seu discurso de lançamento do programa Nova Indústria Brasil, que prevê a injeção de R$ 300 bilhões até em 2026 em financiamentos para a modernização da indústria nacional, o presidente Lula cobrou de forma dura aos seus ministros por resultados econômicos concretos. De acordo com ele, o fato de o Brasil ter alcançado a posição de nona economia mundial em 2024 não é motivo de orgulho para o governo, pois, em sua avaliação, isso não se deu por crescimento real do potencial econômico do país.

“Nós tínhamos chegado à sexta economia, voltamos à 12ª, chegamos à nona agora. Mas não porque a gente cresceu muito, mas porque os outros caíram. Isso não é motivo de orgulho”, declarou. Em 2023, o Brasil ocupava a 11ª posição no relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI). Com o crescimento de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) ao longo do ano, o país saltou duas posições na virada para 2024.

O presidente elogiou o trabalho do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, vinculado ao Ministério da Indústria e Comércio, na elaboração do programa, visto por ele como “um alento” para o estado da indústria nacional. Por outro lado, considera “importante que a gente possa ter uma sequência de exigência de cumprimento das coisas que aqui foram discutidas”.

Confira o discurso:

De acordo com o chefe de Estado, o programa deverá servir para garantir “uma política industrial inovadora, totalmente digitalizada como o mundo exige hoje”. Lula se queixou da dificuldade histórica do país em alcançar a industrialização plena. “Que a gente possa superar, de uma vez por todas, esse problema do Brasil nunca ser um país definitivamente grande e desenvolvido. Estamos sempre na beira, mas nunca chegamos lá”, afirmou.

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As metas do projeto incluem aumentar em 52 pontos percentuais o grau de mecanização da agricultura familiar, atualmente em 18%. Ele também visa alcançar 70% de autonomia na produção de insumos e produtos na área de saúde, aumentar em 50% a utilização de biocombustíveis na matriz energética industrial e alcançar 90% de digitalização da indústria nacional.

De acordo com o governo, a nova política industrial prevista pelo plano  uma resposta a um processo de desindustrialização do Brasil e ao baixo desenvolvimento e exportação de produtos com complexidade tecnológica. As medidas, de acordo com o governo, devem “fortalecer a indústria brasileira, tornando-a mais competitiva, e, assim, capaz de gerar empregos, de elevar a renda nacional e de reduzir desigualdades”.

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