Nas democracias, em geral, os governos são exercidos contando com concordância e apoio, enfrentando divergência e oposição ou caminhando sob a indiferença de parte da opinião pública.

Jair Bolsonaro, porém, inovou. Sai a política, entra a checagem de fatos. O atual presidente da República mente tanto que já não é possível ouvir sequer uma opinião sua sobre o tempo sem que se olhe para o alto para conferir a “conjuntura meteorológica”.

No Brasil de Jair Bolsonaro, o que vem do governo já não provoca concordância, discordância ou indiferença. Cada palavra do chefe do Executivo desperta dúvida, desconfiança, suspeita. Há quem o compare a Pinocchio, mas as mentiras do boneco que queria ser menino, imortalizado por Collodi, nunca mataram ninguém.

As famigeradas “lives” semanais de Jair Bolsonaro, por exemplo, já conseguiram a façanha de fazer de cada quinta-feira um 1º de Abril — só para lembrar as lorotas mais recentes, esta semana ele afirmou que existiria “uma lei” obrigando a Petrobras a reajustar os preços dos combustíveis de acordo com o mercado internacional. Na semana anterior, aliou a fraude à infâmia ao declarar que “vacina contra Covid provoca Aids”.

Sobre a burla proferida esta semana, é inimaginável que o homem eleito para governar o país não saiba que não há lei alguma determinando a escorcha que os sucessivos aumentos dos combustíveis estão representando para a maioria da população. O que existe é uma Política de Paridade de Preços, decidida pela direção da Petrobras para favorecer a minoria de acionistas privados da estatal — que acaba de anunciar um lucro astronômico de R$ 31 bilhões no último trimestre a distribuição de R$ 63,4 bilhões a esses acionistas.

Mentir, aliás, parece ser o único recurso de Bolsonaro, quando se trata de explicar os reiterados aumentos de preço da gasolina, do gás de cozinha e do óleo diesel—e se o presidente usasse ao menos uma parcela da criatividade investida em criar seus embustes, era até capaz de encontrar uma solução para o problema. Mas o que esperar de quem fez campanha eleitoral com a falsa promessa de reduzir o preço do gás para R$ 35?


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