Deputados, senadores e lideranças políticas de esquerda aguardavam que prevalecesse a Justiça no pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-presidente Lula e julgado na segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (25). Porém, por 3 votos a 2, os ministros adiaram o julgamento de suspeição do então juiz Sérgio Moro e mantiveram o ex-presidente preso.





Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo
 
“Lamento a decisão do STF, apesar de não me surpreender. O habeas corpus é uma conquista da civilização, mas no Brasil ela tem sido relativizada. É um retrocesso”, disse o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

Ele acredita que novas denúncias do The Intercept criarão outro ambiente quando o mérito for examinado, isso após o recesso do judiciário. 

“O STF perdeu a imensa oportunidade de corrigir uma injustiça sem precedentes. É uma prisão sob medida para Lula. Mas ainda temos o mérito pela frente. E uma série de novos fatos que devem surgir para mostrar a injustiça desse encarceramento”, disse o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).

Para a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), a decisão não fez Justiça, porque Lula continuará esperando ilegalmente preso. “Mas Sérgio Moro permanece no banco dos réus e são cada vez mais fortes às evidências de seus crimes. Ele que deve explicações”, afirmou.

O líder do MTST e ex-candidato à Presidência da República, Guilherme Boulos, diz que o STF desrespeitou todos os fatos que o Brasil assistiu nas últimas semanas. “Nós vimos provas da suspeição do juiz Sérgio Moro no julgamento de Lula, fazendo um verdadeiro conluio com o Ministério Público”, criticou Boulos.


Da redação 

Vermelho