O resultado veio em linha com o esperado por consenso do WSJ, mas pouco abaixo frente a projeção compilada pela Refinitiv, de alta de 8,1%
O Produto Interno Bruto (PIB) da China registrou alta anual de 7,9% no segundo trimestre de 2021, segundo dados publicados na noite de quarta-feira (14), pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês).
O resultado do PIB veio em linha com o esperado por analistas do The Wall Street Journal, mas um pouco abaixo frente a projeção compilada pela Refinitiv, de alta de 8,1%.
Na comparação com o trimestre anterior, o PIB chinês mostrou avanço de 1,3% entre abril e junho e, no primeiro semestre deste ano, a expansão do indicador foi de 12,7%. Porém, nos três primeiros meses do ano, o avanço do PIB chinês foi de 18,3%, em relação a igual período do ano passado.
Segundo o NBS, a economia da China continua com uma “recuperação estável” na primeira metade do ano. Porém, o órgão alertou que ainda existem “muitas incertezas externas e a recuperação interna é desigual. São necessários esforços para consolidar as bases para uma recuperação e um desenvolvimento estáveis”, acrescentou.
“No geral, a economia da China parece estar no caminho da recuperação, com a meta de crescimento anual de 6% ao alcance”, destacou ainda Chaoping Zhu, estrategista de mercado global da JPMorgan Asset Management, em nota.
“No entanto, os riscos estruturais e de baixa na demanda doméstica são preocupantes”, disse ele, apontando para o fraco crescimento do crédito de longo prazo e a incerteza sobre a regulação do mercado.
Além do PIB, outros indicadores sobre a economia do país asiático também foram divulgados.
As vendas no varejo chinês registraram salto anual de 12,1% no mês passado. A leitura superou a expectativa de analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal, que projetavam avanço de 10,9%, enquanto o consenso Refinitiv esperava avanço de 11%. Na comparação mensal, o indicador mostrou variação positiva de 0,7% no mês passado.
A produção industrial do país registrou alta anual de 8,3% em junho. A taxa de expansão representa uma desaceleração ante os 8,8% registrados em maio, na mesma base de comparação. Contudo, o número veio acima das projeções do The Wall Street Journal e também da Refinitiv, cujos consensos eram de avanço de 7,8%. Na comparação mensal, o indicador subiu 0,56%, após 0,52% em maio.
No setor financeiro, os investimentos em ativos fixos do país tiveram alta de 12,6% no acumulado de janeiro a junho ante igual período de 2020. O crescimento também ficou além da previsão de economistas consultados pelo The Wall Street Journal, que esperavam expansão de 12,1%.
A taxa de desemprego no período foi de 5%, contra 5,3% no final do primeiro trimestre deste ano. Já o desemprego entre pessoas de 16 e 24 anos subiu de 13,6% para 15,4%.
(com Dow Jones e Estadão Conteúdo)
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