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Globo mente: Trabalhadores rurais contribuem, sim, para Previdência

Os trabalhadores rurais também são contribuintes da Previdência Social. Quem afirma é Pascoal Carneiro, dirigente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Ele esclareceu que além dos impostos pagos pela safra da agricultura familiar vendida no Brasil, também incidem 2% repassados para o Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS). Pascoal afirmou que é mentiroso editorial de O Globo, que afirma que rurais podem se aposentar mesmo sem contribuir.

Por Railídia Carvalho 


“Quem não paga é o grande agricultor. Os pequenos agricultores pagam”, devolveu Pascoal. Segundo ele, as empresas de exportação e importação usam uma estratégia para não pagar os 2% para o INSS. 

“Eles compram a produção alegando que vão vender para o exterior porque não incide o imposto, mas acabam vendendo para o mercado interno. É uma fraude que esse governo, certamente, não vai fiscalizar”, revelou Pascoal, que é secretário de Previdência, aposentados e pensionistas da CTB. 



Aposentadoria


Pascoal também explicou como se dá o processo para a aposentadoria dos trabalhadores rurais. O Globo escreveu que “qualquer suposto agricultor que for ao INSS com a declaração de algum sindicato rural” pode se aposentar. 

O trabalhador rural, que integra um regime especial da Previdência, se aposenta aos 60 anos. Ele explicou que o INSS precisa analisar o livro de registro no sindicato, a carteira de registro e recibos dos pagamentos de mensalidades. 

“Por exemplo, o associado de número 10 está no livro tal, na folha de número tal. O INSS vai lá e pega o livro para analisar a veracidade. Não aceitam declaração pura e simplesmente como a Globo golpista vem falando”, exemplificou Pascoal.


Ataque aos direitos


Na avaliação dele, a aposentadoria rural sempre foi um alvo mas com Michel Temer o assunto ganhou prioridade. Há sinalizações de que a proposta de reforma seja encaminhada ao Congresso Nacional no início de outubro. 

“Após ser encaminhada precisa passar pelo Conselho Nacional da Previdência. Não vamos permitir a aprovação no Conselho. Mas é importante a mobilização dos trabalhadores através da imprensa sindical para combater as mentiras divulgadas pela mídia golpista”, ressaltou Pascoal.


Combater reformas


Ele adiantou que seis centrais de trabalhadores estão construindo um seminário para ser realizado em breve para enfrentar as reformas trabalhista e previdenciária propostas por Michel Temer. Nos dias 22 e 29 de setembro centrais de trabalhadores e federações e confederações dos metalúrgicos realizaram atos em todo o Brasuil em defesa dos direitos assegurados na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e da Previdência Social.


Fonte: Vermelho, 1º de outubro de 2016



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