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Feira discutirá uso de novas tecnologias em grandes obras

Com 63% das obras concluídas, a Arena Corinthians foi definida pela empresa responsável pela construção como um grande "lego". São cerca de 17 mil peças pré-moldadas e a criatividade vem dos arquitetos Aníbal Coutinho e Antonio Paulo Cordeiro, do escritório CDCA. 

A reportagem da FOLHA visitou a obra a convite da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) que realiza, entre 5 e 8 de junho, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP), o Construction Expo 2013 – 2ª Feira Internacional de Edificações e Obras de Infraestrutura. 

Segundo o vice-presidente da Sobratema, Eurimilson Daniel, até 2017, o País deverá investir R$ 1,68 trilhão em 11.533 obras. As cem maiores representam 61% dos investimentos. 

Nesta edição, o evento será divido em salões temáticos e um do salões de maior destaque será justamente o de Grandes Construções, no qual a construtora Odebrecht apresentará a Arena Corinthians, obra de R$ 820 milhões que deverá ficar pronta até dezembro deste ano. Serão 189 mil metros quadrados de área construída em um terreno de 198 mil metros quadrados. 

Na obra da Arena, a Odebrecht empregou diversas tecnologias renovadas de construção. Em torno de 4 mil peças, que pesam entre 50 a 60 toneladas, são fabricadas no local. Outras 13 mil peças, mais leves, vêm de fábricas. 

De acordo com Antônio Gavioli, diretor de contrato da obra, o uso de peças pré-moldadas traz mais agilidade, além de fazer com que a construção seja mais seca e limpa, sem geração de grande volume de resíduos. 

A estrutura metálica da cobertura, já concluída, no lado leste, impressiona pela imponência. A cobertura terá 32 módulos, que pesam entre 150 e 170 toneladas. O máximo do trabalho de soldagem dos módulos da estrutura é realizado no chão e o resultado precisa ser elevado por um guindaste com capacidade para até 1,5 mil toneladas, o maior do Brasil e segundo maior da América Latina. "Quanto mais puder trabalhar no chão, melhor", afirmou Gavioli. 

Tecnologia 

A cobertura transparente será composta por células fotovoltaicas para conversão da luz solar em energia elétrica. A água da chuva também será reaproveitada para tarefas como a rega do gramado. No dia da visita, os 1.840 operários da obra começaram a execução do campo, com gramado nos padrões solicitados pela Fifa e esquema de drenagem a vácuo da água. 

Do lado leste da Arena, será instalada aquela que Gavioli afirmou ser a maior fachada em LED do mundo, medindo 800 metros por 20 metros. No lado oposto da Arena, a fachada será de vidro. A obra terá certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) de construção sustentável, do Green Building Council. No fim da obra, que terá durado 31 meses, a Arena contará com 68 mil assentos - dos quais 20 mil são temporários para a Copa. 

 

Fonte: Folha de Londrina, 06 de março de 2013


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