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Um milhão de crianças vivem na pobreza na Europa da "austeridade"

 

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou, no início da semana, o “Relatório sobre a proteção social no mundo, 2014-2015”. No capítulo com o título “Erosão do modelo social europeu”, o relatório assinala que, em 2012, 123 milhões de pessoas dos então 27 Estados membros da União Europeia, ou 24% da população, "estavam em risco de pobreza ou exclusão social (...) e cerca de 800.000 crianças viviam na pobreza que em 2008."

 

Ted Ditchburn/North News and Pictures
Em 2010, um estudo mostrava que um quinto das crianças no Reino Unido vivia na pobreza, e a taxa aumentava.Em 2010, um estudo mostrava que um quinto das crianças no Reino Unido vivia na pobreza, e a taxa aumentava.

O documento sublinha que o agravamento da pobreza e da desigualdade nos países da União Europeia não resultou apenas da recessão, "mas também de decisões políticas específicas de redução das transferências sociais e de limitação do acesso a serviços públicos de qualidade", que se juntam "ao desemprego persistente, salários baixos e impostos mais altos".

"O custo do ajustamento foi transferido para as populações, já confrontadas com menos empregos e rendimentos mais baixos há mais de cinco anos.

Os ganhos do modelo social europeu, que reduziu significativamente a pobreza e promoveu a prosperidade no pós II Guerra Mundial, foram erodidos por reformas de ajustamento de curto prazo", realça o documento da OIT.

O relatório assinala ainda que contrariamente à ideia generalizada, a austeridade não atingiu apenas os países europeus. "As medidas de contenção orçamental não se limitaram à Europa.

Em 2014, nada menos que 122 governos reduziram a despesa pública, 82 deles de países em desenvolvimento", refere o documento, assinalando medidas como: "reformas dos regimes de aposentação, dos sistemas de saúde e de segurança social (...), supressão de subvenções, reduções de efetivos nos sistemas sociais e de saúde".

O relatório sobre a proteção social no mundo sublinha ainda que mais de 70% da população mundial não tem uma cobertura adequada de proteção social, que 39% da população mundial não tem acesso a um sistema de cuidados de saúde, que faltam cerca de 10,3 milhões de profissionais de saúde no mundo para garantir um serviço de qualidade a todos os que dele necessitam.

Com Esquerda.net

 

 

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