Agentes da Polícia Federal (PF) paralisaram as atividades nesta quarta-feira em todo o País. Em Porto Alegre, os servidores estão concentrados no saguão da Superintendência Regional da Polícia Federal do Rio Grande do Sul. A mobilização nacional é contra a falta de investimentos em segurança pública federal e inclui agentes, escrivães e papiloscopistas (que trabalham na identificação humana por meio das impressões digitais). A PF fará apenas plantões, flagrantes e custódia de presos.
Nesta quarta, os agentes distribuíram panfletos no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, com informações alusivas à campanha “SOS Polícia Federal”. Eles usaram ainda faixas e um elefante branco para denunciar a burocracia. Às 15h, ocorrerá uma assembleia geral na sede do sindicato, para avaliar a deflagração da greve.
Outras 13 delegacias do interior do Estado também estão em situação de greve, assim como as fronteiras, onde os trabalhos serão reduzidos, mas não estão paralisadas totalmente. O mesmo acontecerá nos aeroportos, apenas o controles de migração serão mantidos e a emissão de passaportes.
A categoria afirma que há redução nos investimentos com consequente falta de condições de trabalho e também de efetivo. De acordo com o sindicato dos policiais federais do Rio Grande do Sul (Sinpef/ RS), os salários estão congelados há sete anos, o que acarreta numa perda superior a 40%.
Além disso, falta amparo psicológico para os agentes. O presidente dos sindicato policiais federais do RS, Paulo Paes, afirma que já ocorreram diversas reuniões com o governo federal, mas que o reconhecimento é apenas verbal. “O que nós queremos é reconhecimentos das atribuições. Existe um reconhecimento verbal, mas é preciso fazer uma reestruturação e isso não é efetivado”, afirma Paes.
FONTE: Correio do Povo, 24 de abril de 2014
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