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Jovens brasileiros querem mais investimento em qualificação no trabalho

Apesar do aumento da oferta de emprego para jovens brasileiros em 2012, eles acreditam que deve haver mais investimento na qualidade dos postos de trabalho.


De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), houve redução do desemprego juvenil no Brasil – de 21,8% para 15,2%, entre 2007 e 2011 –, ao contrário do que ocorre na maioria dos países, especialmente no Oriente Médio, no Norte da África e na Europa, onde a falta de oportunidades para essa faixa etária (15 a 24 anos) cresce, e tende a continuar aumentando até, pelo menos, 2016.


“Se é verdade que há mais emprego para a juventude, hoje a nossa cobrança é que se tenha mais qualidade nesse trabalho. É preciso dar um passo à frente: o da qualidade na educação e na pesquisa e, consequentemente, no trabalho. Isso é o que, de fato, irá distribuir mais renda e gerar mais oportunidades à população”, disse o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu.


Segundo o representante da UNE, um dos maiores problemas entre os jovens na hora de entrar no mercado de trabalho é a falta de especialização e qualificação da mão de obra.


“Há postos de trabalho, mas existem funcionários mais qualificados em outros lugares. Então, importa-se o trabalhador. Na engenharia, esse exemplo se aplica. A solução só virá quando foram feitos investimentos nas universidades federais, nas escolas técnicas e na área de ciência e tecnologia”.


Para a presidenta do Conselho Nacional de Juventude, Ângela Guimarães, a prioridade do governo é a implementação de políticas públicas universais e específicas que permitam aos jovens conciliar o estudo, o trabalho, o lazer e a vida familiar – que seria o “grande nó” que dificulta a inserção juvenil no mercado de trabalho por falta de qualificação.


De acordo com o conselho, a política específica voltada a questão trabalhista juvenil é o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem), de 2003, uma parceria entre os governos federal, estadual e municipal, que oferece a jovens até 29 anos que não concluíram o ensino fundamental cursos profissionalizantes, indicação a empresas e indústrias e bolsa de R$ 100 mensais.


Outro programa, de caráter mais universal, é o Programa Universidade para Todos (ProUni), que tem o objetivo de proporcionar o acesso ao ensino superior e melhorar sua qualidade.


“O indivíduo tem de se interessar. Sair da zona de conforto, ir à luta. O jovem tem essa energia, essa possibilidade de ação, e ele tem que usar isso a seu favor”, disse a professora de administração da Universidade de Brasília (UnB), a especialista em mercado de trabalho Débora Barem.


 

Fonte: Agência Brasil, 23 de maio de 2012

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