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Centrais denunciam que juros altos só beneficiam rentistas

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia nesta quarta (31) se a taxa básica de juros (Selic) será mantida nos atuais 14,25% ao ano, maior nível desde outubro de 2006 e patamar em que se encontra há um ano.

A definição ocorre após análise da perspectiva para a inflação e das alternativas para a Selic pelos diretores. A manutenção dos juros nas alturas, com o falso pretexto de controle da inflação vem, segundo o economista do Dieese Rodolfo Viana, esgotando “as finanças públicas, induzindo a cortes em setores vitais como saúde e educação”.

Além do arrocho nos gastos sociais, o juro alto alimenta a recessão, a quebradeira da indústria e do comércio, causando desemprego galopante. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Contínua), divulgada terça (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta alta de 0,4 ponto percentual no desemprego sobre o trimestre anterior, subindo para 11,6%.

A Agência Sindical ouviu o secretário-geral da CTB, Wagner Gomes. Ele afirma que os juros altos “só favorecem os rentistas”. “Os juros afetam diretamente a capacidade de investimento da indústria e isso impacta diretamente a vida dos trabalhadores, que veem seu poder de compra diminuído, quando não são afetados pelo desemprego”, destaca.

Para o presidente da Nova Central em São Paulo, Luiz Gonçalves (Luizinho), os juros altos “asfixiam a economia e isso só beneficia as instituições financeiras”.




Fonte: Agência Sindical, 01 de setembro de 2016

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