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Custo do envelhecimento cresce mais rápido que o esperado--FMI

As pessoas estão vivendo, em média, três anos mais, elevando os gastos com envelhecimento em 50 por cento, com governos e fundos de pensão mal preparados para lidar com essa situação, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI).


O custo do envelhecimento está começando a restringir o orçamento de governos, particularmente em economias avançadas, onde, em 2050, o número de idosos poderá coincidir com o de trabalhadores na ativa, em uma proporção de quase um por um, afirmou o FMI em estudo que será divulgado na íntegra na próxima semana, junto com o World Economic Outlook, relatório do órgão com perspectivas sobre a economia global.


O estudo mostra ainda que o problema é global e que a longevidade oferece desafios maiores que o imaginado.


"Se todos em 2050 tiverem vivido apenas três anos a mais do que o esperado agora, em linha com a subestimação da longevidade no passado, a sociedade demandaria recursos extras equivalentes a 1 ou 2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) por ano", afirmou.


No caso de planos de previdência privada nos Estados Unidos, três anos extras de vida acrescentariam 9 por cento aos passivos, completou o FMI, advertindo governos e iniciativa privada a se preparar agora para esse aumento.


As estimativas não cobrem gastos com saúde, que também aumentam com o passar da idade.


Os passos que os governos podem adotar para lidar com a possibilidade de as pessoas viverem mais, segundo o FMI, são elevar a idade para aposentadoria, aumentar impostos para financiar fundos públicos de pensão e reduzir os benefícios -passos estes que a maioria dos países com economias mais avançadas já estão considerando.


Os governos também poderiam ajudar o setor privado, ao educar melhor os cidadãos sobre como se preparar para suas aposentadorias, entre outros fatores.


"Embora o risco de longevidade seja uma questão de combustão lenta, eleva a vulnerabilidade dos setores público e privado a vários outros choques", avaliou o FMI no estudo.

 

 

Fonte: G1, 12 de abril de 2012

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