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Indústria do PR tem a maior queda na produção

O Paraná teve a maior queda do País na produção industrial em fevereiro na comparação com o mês de janeiro com redução de 7,7%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos 14 locais pesquisados no Brasil, sete tiveram queda na produção. 



Depois do Paraná, as quedas mais acentuadas ocorreram em Goiás (-3,9%) e Rio Grande do Sul (-3,5%). Outros Estados que apresentaram redução na produção foram Bahia (-0,6%), Pernambuco (-0,5%), Amazonas (-0,4%) e Santa Catarina (-0,2%). No País como um todo, houve crescimento de 1,3%. 



O economista da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Roberto Zurcher, disse que o início do ano são meses de ''vacas magras'' para a indústria do Paraná. Segundo ele, este período sazonal começava geralmente em novembro e se estendia até o início de março. Nos últimos três anos, a baixa na produção industrial vem se limitando a janeiro e fevereiro devido ao crescimento da economia brasileira. 



Em fevereiro comparado a janeiro, os setores que puxaram para baixo o índice da produção industrial paranaense foram refino de petróleo e álcool com redução de 65%, outros produtos químicos (-31%) e máquinas e equipamentos (-21%). Zurcher disse que a produção de álcool sofreu com a entressafra da cana-de-açúcar e o refino de petróleo também teve um volume menor em função de fevereiro ser um mês com menos dias úteis. 



Na comparação de fevereiro deste ano com o mesmo mês de 2011, a indústria paranaense avançou apenas 0,5% e no País houve queda de -3,9%. Os setores que tiveram resultados negativos no País foram veículos automotores (-18%), outros produtos químicos (-46,5%) e máquinas e equipamentos (-15,1%). Tiveram redução de produção itens como caminhões, adubos e fertilizantes e máquinas para as indústrias de celulose e panificação. Os impactos positivos vieram de edição e impressão (126,2%) com o aumento na produção de livros, brochuras e impressos didáticos. Ainda tiveram resultados positivos em fevereiro comparado com o mesmo mês do ano passado, como alimentos (4,8%) e madeira (21,1%).



Zurcher disse que o setor de adubos e fertilizantes teve queda na produção porque em fevereiro inicia a colheita da safra e estes produtos são menos utilizados. Segundo ele, veículos também teve queda na produção porque no início do ano o consumidor costuma restringir compras de bens mais caros já que precisa administrar gastos como férias, matrículas escolares e impostos. 



No primeiro bimestre do ano, a produção industrial do Paraná cresceu 2,6%. A principal influência positiva veio do setor de edição e impressão (48,6%). Também tiveram crescimento os segmentos de refino de petróleo e produção de álcool (9,7%), madeira (22,8%) e alimentos (4,6%). As contribuições negativas vieram de veículos automotores (-25,7%) e outros produtos químicos (-33,8%). No Brasil, a queda foi de 3,4%. 



Nos últimos 12 meses, a produção do Paraná avançou 5,4% e só perdeu para Goiás que teve um crescimento de 9,3%, enquanto o índice nacional fechou com recuo de -1%. 


 



Fonte: Folha de Londrina, 11 de abril de 2012




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