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Cesta básica de Curitiba fica estável em março

 A cesta básica de Curitiba fechou pelo segundo mês consecutivo em queda. Em março, a redução nos preços foi de 0,02% e, em fevereiro, já tinha ocorrido uma queda de 4,04%. Os produtos que puxaram os preços para baixo foram a banana (-5,52%) e o tomate (-2,15%). O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Sandro Silva, disse que já havia a expectativa de queda da cesta em função do início do período de safra. 


Apesar da queda registrada em março, nove dos 13 produtos pesquisados apresentaram alta, três tiveram queda e apenas o arroz ficou estável. A banana e o tomate tiveram os preços diminuídos em função da safra. Silva lembrou que o preço do tomate já tinha caído 31% em fevereiro. Em janeiro, o preço médio do quilo do produto era R$ 2,72 e, em março, era vendido a R$ 1,82. 

O litro de leite também apresentou queda e teve redução de -1%: de R$ 1,99 para R$ 1,97. O feijão teve a maior alta (3,65%) e entre dezembro de 2011 e março deste ano subiu 17%. Os principais motivos para o aumento são a entressafra, o atraso no plantio, a redução de área e de produção para este ano e problemas climáticos que afetaram a cultura. 

Por causa da entressafra, a farinha de trigo foi o segundo item com maior alta (2,31%). O açúcar ficou 1,90% mais caro depois de cair -9,44% nos dois primeiros meses do ano. O pão subiu 1,88% em função da alta da farinha de trigo. A batata ficou 1,63% mais cara porque a colheita encerrou em fevereiro. O óleo de soja subiu 1,17% como reflexo ainda da entressafra da soja. Os outros produtos que ficaram mais caros foram o café (0,87%), a manteiga (0,47%) e a carne (0,14%). 

Em março, a cesta de Curitiba foi a nona mais cara e teve a menor queda em percentual entre as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. No ano, acumula redução de 1,01%. Nos últimos 12 meses, caiu 0,93%. 

Silva acredita que, em abril, a cesta também pode fechar em queda com a redução de preços de alguns produtos que entram em período de safra. No entanto, o resultado final vai depender também da batata e do tomate que são itens que oscilam muito e estão em final de safra. É possível que também ocorra oscilação no preço da carne. 

No ano passado, a cesta comprometia 45,58% do salário mínimo. Agora, este percentual diminuiu para 39,57% devido ao aumento do poder aquisitivo do salário mínimo que passou de R$ 545 para R$ 622. 

Neste ano, os produtos que tiveram as maiores quedas foram o tomate (-23,53%), o açúcar (-7,73%) e a carne (-4,25%). As maiores altas ficaram por conta do feijão (15,38%), batata (6,84%) e banana (19,18%). No primeiro trimestre do ano, dos 13 produtos pesquisados, oito tiveram alta, quatro registraram redução e apenas um (farinha de trigo) ficou estável. 

 

 

 

Fonte: Folha de Londrina, 11 de abril de 2012


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