A linha de financiamento para compra de veículos do Banco do Brasil, com crédito pré-aprovado e sem tarifas embutidas, terá queda de pelo menos 19%, informou o banco. O Banco do Brasil deu partida ontem (4) feira à esperada ofensiva do governo pela redução dos spreads bancários, diminuindo os juros de diversas linhas para empresas médias e para pessoas físicas.
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Trabalhadores lutam contra os juros altos
O programa do Banco do Brasil, batizado de “Bom pra todos”, inclui a oferta adicional de 43,1 bilhões de reais, sendo 26,8 bilhões para micro e pequenas empresas e 16,3 bilhões para pessoas físicas.
Os especuladores não gostaram e o impacto da notícia derrubou ações de instituições financeiras na bolsa de São Paulo. “Pelo ângulo do investidor, a notícia é ruim, porque isso sugere um aumento da concorrência e a queda das margens dos bancos”, reconheceu o economista João Augusto Frota Salles, da consultoria Lopes Filho.
No caso do varejo, a linha de financiamento para compra de veículos do Banco do Brasil, com crédito pré-aprovado e sem tarifas embutidas, terá queda de pelo menos 19%, informou o banco. Para as linhas voltadas à aquisição de bens e serviços de consumo, os juros médios serão reduzidos em 45%. Para beneficiários do INSS, as taxas do crédito consignado serão de 0,85% a 1,8% ao mês. Aos clientes que recebem salário no Banco do Brasil será oferecida linha de rotativo do cartão de crédito com taxa mensal de 3%. Atualmente, a taxa média é de 12,25% ao mês.
A taxa média das principais linhas de capital de giro para empresas será reduzida em 15%. A redução da taxa média de recebíveis será de 16%. Com isso, a taxa média de capital de giro terá piso de 0,96% ao mês.
A mudança anunciada responde às pressões do governo federal, que vinha cobrando dos bancos públicos cortes de juros para forçar todo o sistema financeiro a fazer o mesmo. A redução nos juros, diz o jornal O Estado de S. Paulo, faz parte das ações do governo para aquecer a economia com crédito mais barato e pode beneficiar 50 milhões de brasileiros que têm contas em bancos privados onde os juros são mais altos. Além disso, pode pressionar a concorrência (isto é, os bancos privados) no sentido de também reduzirem os juros cobrados em seus financiamentos.
Com Agência Brasil e agências, 6 de abril de 2012
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