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Governo adotará medidas para ajudar a indústria

O governo prepara um pacote de medidas para estimular o setor industrial, que abrangerá novas medidas para impedir a sobrevalorização do câmbio, anunciou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.



"O setor industrial precisa de alguns estímulos que serão dados", afirmou Mantega. "As medidas não estão prontas, faremos ao longo do ano para estimular o investimento e o setor industrial", afirmou o ministro ao comentar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2011, divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).



A economia brasileira cresceu 0,3 por cento no quarto trimestre de 2011 em comparação com o terceiro, levando a expansão acumulada no ano a 2,7 por cento. O desempenho indica que a atividade econômica começou a melhorar no fim do ano passado, apesar de o setor industrial continuar patinando bastante.



Entre os estímulos já conhecidos, o ministro citou os cortes já feitos na taxa Selic, a redução de juros e spread a ser feita pelos bancos públicos e a ampliação do investimento público. Ele também ressaltou o efeito do reajuste do salário mínimo -que segundo ele injetará 50 bilhões de reais na economia- e a continuidade de expansão do mercado de trabalho, que amplia a massa salarial e estimula o consumo.



Mantega voltou a falar que o governo continuará atuando no câmbio, para evitar que o real tenha forte valorização diante o dólar.



"Não permitiremos grande ingresso de capital em busca de especulação e arbitragem, vamos coibir essas operações. Vamos manter o real desvalorizado com um arsenal de medidas", afirmou o ministro, acrescentando que o arsenal do governo é "infinito".



"Podemos criar outras medidas e temos várias em curso, tanto no âmbito do mercado futuro de derivativos quanto no mercado spot", afirmou Mantega.



Para proteger o setor industrial, o ministro da Fazenda afirmou, em outra entrevista a jornalistas estrangeiros, que o governo vai acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC), principalmente o setor têxtil que tem sido afetado por importação de produtos baratos da China.   



Mantega também aproveitou a entrevista que deu depois aos jornalistas estrangeiros para enfatizar que, além de sofrer com a concorrência internacional, o setor industrial brasileiro não tem sido capaz de aproveitar o mercado interno. Com isso, também abre-se espaço para a demanda de consumo dos brasileiros ser atendida pelos produtos estrangeiros.


 

Fonte: Bem Paraná, 07 de março de 2012

 


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