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CBIC: Gestão da sustentabilidade e a competitividade na indústria

 

A instabilidade econômica internacional, o reflexo da crise ocorrida no fim de 2008, os juros altos, as deficiências na infraestrutura e a elevada carga tributária, vem sendo obstáculos que desafiam a competitividade da indústria.

 

 

Conforme último relatório da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre o índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), em outubro de 2013 houve uma ligeira queda de 0,4 pontos do indicador em relação ao mês anterior, e uma queda de 2,4 pontos em relação ao mesmo mês de 2012. Ou seja, o empresário está preocupado e cauteloso sobre a atividade industrial. Eles continuam percebendo piora nas condições atuais tanto da economia brasileira como da própria empresa.

 

 

Entre os segmentos da indústria que sofreram queda neste índice estão a indústria extrativista e de transformação (entre elas celulose e papel, derivados de petróleo, material plástico, metalúrgica e etc).

 

 

Neste contexto as indústrias e sindicatos têm buscado discutir alguns posicionamentos que impactam diretamente a competitividade da indústria, sendo eles: relações de trabalho, política tributária, meio ambiente, inovação e infraestrutura.

 

 

Para mudar esse cenário, a CNI desenhou junto a cerca de 500 representantes empresariais o mapa de visão da indústria para o País, intitulado de Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022.

 

 

O documento apresenta alguns fatores chave que podem aumentar a produtividade e a competitividade. A expectativa é que para o cenário de 2022 aumentem os investimentos.

 

 

Somente em infraestrutura espera-se dobrar o capital, estimando passar para um investimento do Governo Federal em 5% do PIB.

 

 

A meta de participação da indústria na produção mundial de manufaturados deverá passar de 1,7%, em 2012, para 2,2% em 2022.A elevação da competitividade brasileira exige ações urgentes de superação dos obstáculos, como esta.

 

 

Mas, fator fundamental para esta elevação, que não pode ser deixado de lado, é como a indústria está se orientando de forma estratégica para a sustentabilidade. Com ela é  possível crescer de forma estruturada e arrojada, gerar emprego e renda, fomentar a inovação e disputar a preferência dos consumidores com qualquer concorrente.

 

 

Existem diversas ferramentas para elaborar um diagnóstico da empresa, porém a avaliação da sustentabilidade em um sistema produtivo vai além das limitações físicas de uma planta. Avaliar o fornecimento do insumo primário, que alimenta o seu processo, pode trazer conclusões reveladoras e importantes para indicar as prioridades a que se deve atacar, e assim, garantir mais competitividade.

 

 

A orientação através da Análise de Ciclo de Vida (ACV) é uma das opções cada vez mais presente nas discussões sobre sustentabilidade em cadeia produtiva. Com a ACV, é possível analisar o reflexo do impacto desde a extração da matéria prima, passando pela sua transformação, a formação e o desarte do produto.

 

 

Analisar os impactos econômicos e ambientais geram diversas oportunidades, como a decisão de reduzir ou substituir uma determinada matéria prima.

 

 

Grandes benefícios também podem ser encontrados em casos de substituição de modal de transporte logístico ou, então, um investimento em fontes renováveis de energia, para a alimentação de caldeiras de vapor e outras.

 

 

A avaliação da sustentabilidade não é só uma questão interna, é questão estratégica e de competitividade para a indústria. A realização de relatórios de ACV já são exigências, por exemplo, para se obter certificações como German Sustainable Building Council (DGNB) e a Leadership in Energy & Environmental Design (LEED), do ramo da construção civil.

 

 

Quem quiser garantir seu espaço no mercado terá que entender a importância de uma visão estratégica sustentável. Não por mera pressão da sociedade, mas pela perenidade de seu negócio.

 

 

 

 

 

FONTE: CBIC, 16 de abril de 2014

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