Agricultores de Mato Grosso estão ganhando um bom dinheiro com o cultivo da teca, só que para entrar na atividade é preciso paciência. A madeira demora 20 anos até ficar pronta para ser usada pela indústria.
Originária da Ásia, a teca está em expansão nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil. Em Mato Grosso, a área plantada aumentou 34% nos últimos cinco anos e segundo dados do Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea), passou de 48,5 mil hectares em 2007 para 64 mil hectares em 2012.
Jaldes Langer começou a produção em Sinopno início dos anos 90 e de lá para cá descobriu um bom negócio. O produtor hoje toca o negócio da família, que gira em torno da venda de mudas de várias espécies, entre elas a teca.
Tudo começa na estufa e as mudas são preparadas de duas formas: 20% a partir de sementes e 80%, clonagem. Depois de 60 dias na estufa, as mudas são levadas para um ambiente aberto, ao sol, onde ficam mais 60 dias e só depois serão plantadas.
O investimento é a longo prazo: a madeira só deve ser retirada depois de duas décadas. Durante esse tempo é preciso muito cuidado com fogo, formigas e roedores, que podem danificar a madeira. Além disso, são necessárias, pelo menos, duas podas por ano, tudo feito manualmente.
As árvores adultas podem alcançar 40 metros de altura e 2,5 metros circunferência. Para monitorar as árvores que foram plantadas e que permanecem no solo por pelo menos 20 anos, marcas são feitas para medir a circunferência, sempre uma vez ao ano, na mesma data em que foi plantada.
O corte final da tora pode ser vendido por até US$ 1,5 mil o metro cúbico, ou seja, mais de R$ 3 mil.
Fonte: G1, 16 de abril de 2014
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