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Comércio do Paraná cresce menos que a média nacional

Em fevereiro, o volume de vendas avançou 0,2% no País, na comparação com janeiro, e retraiu 0,6% no Estado.

O comércio varejista do Paraná teve um desempenho abaixo da média nacional no mês de fevereiro deste ano. É o que revela a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada ontem pela Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mês anterior, enquanto o crescimento médio no País foi de 0,2%, no Paraná houve recuo de 0,6%. Somente seis Estados brasileiros tiveram resultados piores. 

Quando a comparação é com fevereiro de 2013, enquanto o comércio na média nacional cresceu 8,5%, o do Paraná avançou 7,7%. Os números se referem ao volume de vendas e não ao faturamento. 

A boa notícia é que, desde janeiro do ano passado, esta é apenas a quarta vez que acontece de o setor no Paraná estar abaixo da média nacional. Em fevereiro de 2013, o comércio no País cresceu numa média de 0,3% na comparação com o mesmo mês de 2012. E o do Paraná recuou 0,12%. Em abril, enquanto a média de crescimento nacional foi de 1,6%, a estadual foi de 0,7%. Já em maio, os índices foram de 4,5% e 4,1% respectivamente. 

Nos demais 10 meses, o varejo paranaense superou a média nacional, ficando entre as melhores performances estaduais. Em novembro do ano passado, por exemplo, o comércio do Estado apresentou um crescimento de 10% enquanto a média do País havia sido de 7%. Em setembro, foram 7,3% para 4,1%, respectivamente. 


Segundo o economista do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Francisco Castro, é difícil entender porque especificamente em fevereiro deste ano o comércio paranaense teve desempenho inferior ao nacional. "O importante é a gente analisar o acumulado do ano ou dos últimos 12 meses. E aí nós estamos muito bem", alega. Nos últimos 12 meses, de acordo com o IBGE, o comércio do Estado cresceu 6,9% contra 5% da média nacional. 

Ele também destaca o bom resultado dos segmentos de eletrodomésticos e de perfumaria. "A renda de uma região tem um impacto muito forte no desenvolvimento do comércio. E, como temos renda mais alta que a média do País, consumimos mais produtos que não são de primeira necessidade", defende. 

Para o economista e consultor da Associação Comercial do Paraná (ACP), Cláudio Shimoyama, o fato de o setor avançar menos no Estado foi uma surpresa. "Faz tempo que estamos crescendo acima da média do País", afirma. Uma das possibilidades é que a variação esteja relacionada com a sazonalidade da renda do produtor rural. O dinheiro da safra ainda não teria sido injetado na economia paranaense. 

Em fevereiro, o segmento do varejo que melhor resultado teve no Paraná foi o de eletrodomésticos, que cresceu 18,6%. Combustíveis e lubrificantes avançaram 14,8%. Já artigos farmacêuticos, médicos, de perfumaria e cosméticos cresceram 10,4%. Os supermercados tiveram um aumento tímido de apenas 2,1% no mês. 

 

 

Fonte: Folha de Londrina, 16 de abril de 2014

 

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