Imprimir PDF

Nem eles escapam da crise: canditatos a prefeito têm prejuízo de R$ 1,8 milhão

No primeiro mês de campanha, maioria dos “prefeituráveis” de Curitiba gastou mais do que arrecadou


por José Marcos Lopes



A crise econômica e a proibição de doações de empresas afetou duramente os cofres da campanhas dos candidatos a prefeito de Curitiba nas eleições deste ano. De acordo com os dados da primeira prestação de contas parcial, divulgada ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sete dos nove concorrentes acumulam, após um mês de disputa, um déficit de R$ 1,814 milhão entre o que arrecadaram e o que gastaram. Até as 19 horas de ontem, Rafael Greca (PMN) era o que mais havia arrecadado: R$ 1.004.900.


Por enquanto, o maior déficit é do candidato do PSD, deputado estadual licenciado Ney Leprevost, que arrecadou R$ 219.029 em doações, contra R$ 1.249.077,77 em despesas contratadas, o que significa um déficit de R$ 1.030.048,77. O segundo maior “rombo” é o da campanha do prefeito e candidato à reeleição, Gustavo Fruet (PDT), que declarou uma receita de R$ 740.158,12 contra R$ 1.472.165,94 em despesas, déficit de R$ 732.007,82.

Em seguida aparecem as campanhas de Maria Victoria (PP, déficit de R$ 79.018,99), Ademar Pereira (Pros, déficit de R$ 61.847,31), Xênia Mello (Psol, déficit de R$ 25.336,35), Rafael Greca (PMN, déficit de R$ 20.405,03). O candidato do PRP, Afonso Rangel, não declarou qualquer movimentação financeira (a candidatura foi indeferida e o recurso ainda não foi julgado).


As únicas campanhas que não estão “no vermelho” são as de Requião Filho (PMDB), que declarou ter arrecadado R$ 218.350 e ter assumido compromissos no valor de R$ 156.144,24; e de Tadeu Veneri (PT), que recebeu doações no valor de R$ 178.750 e declarou despesas contratadas no valor de R$ 106.937,08. Somando-se todos os recursos que os nove candidatos já receberam, as campanhas arrecadaram um total de R$ 3.285.567,94 e contrataram despesas no valor de R$ 5.100.213,53.


Pessoas físicas - As campanhas de Gustavo Fruet e Xênia Mello são as que mais dependem de doações de pessoas físicas, segundo as declarações. Fruet arrecadou R$ 692.178,12, ou 93,5% do total declarado, via apoiadores de campanha. Já Xênia declarou que R$ 20.361 (93,7% do total arrecadado) foram doados por pessoas físicas. Requião Filho e Rafael Greca são os que menos receberam recursos desta maneira: 6,9% e 22,47% do total declarado, respectivamente.


Já os candidatos que mais colocaram a mão no bolso, injetando recursos próprios, foram Rafael Greca, que destinou R$ 600 mil à campanha (77,53% do total) e Ademar Pereira, que investiu R$ 106 mil (97,5%). Tadeu Veneri doou R$ 67 mil, ou 37,48% do total declarado.

Entre as despesas que já foram pagas, Maria Victoria é a campeã: R$ R$ 777.129,60, seguida por Rafael Greca, com R$ 767.591,81. Gustavo Fruet já pagou R$ 313.837,22; Ney Leprevost, R$ 168.731,82; Requião Filho, R$ 110.946,04; Tadeu Veneri, R$ 106.937,08; Ademar Pereira, R$ 72.058,95; e Xênia Mello, a campanha mais barata até agora, R$ 47.061,35, mesmo valor das despesas contratadas.




Fonte: Bem Paraná, 16 de setembro de 2016.

FETRACONSPAR - Federação dos Trabalhadores nas Industrias da Construção e do Mobiliário do Estado do Paraná
Rua Francisco Torres, 427 - Centro - Cep. 80060-130 | Curitiba - Paraná | Brasil

Fone: (41) 3264-4211 | Fax: (41) 3264-4292 | Email: fetraconspar@fetraconspar.org.br