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Demandas da população durante os protestos de junho ainda aguardam votação


Enquanto isso, deputados decidem preservar o mandato de Natan Donadon, condenado a 13 anos de cadeia pelo Supremo

 

 (	Breno Fortes/CB/D.A Press)


Pouco mais de dois meses após as manifestações que sacudiram o país em junho e a menos de uma semana de uma nova passeata nacional, agendada para o próximo dia 7, o Congresso insiste em entregar presentes de grego à população e se fazer de mouco para o clamor dos brasileiros. A manutenção do mandato do deputado presidiário Natan Donadon (sem partido-RO), condenado a 13 anos e quatro meses por peculato e formação de quadrilha, foi a cereja do bolo do período. Os parlamentares prometem, só agora, derrubar o voto secreto nas cassações. Mas não transformaram a corrupção em crime hediondo, enrolam para acabar com o foro privilegiado e nem sequer cogitam analisar o fim da aposentadoria compulsória de magistrados e juízes envolvidos em casos de corrupção.

É verdade que algumas medidas paliativas foram aprovadas, como a derrubada da PEC 37 — que suprimia poderes de investigação do Ministério Público — ou o arquivamento, em plenário, do projeto da cura gay, que já tinha sido aprovada na Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara, presidida pelo deputado Marco Feliciano. “O Senado até tem sido um pouco mais pró-ativo do que a Câmara. Os senadores aprovaram, por exemplo, a necessidade de que os suplentes sejam eleitos e a proibição de que parentes sejam indicados para essa função”, lembrou o presidente do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto de Queiroz, o Toninho do Diap.

Analistas insatisfeitos com a omissão do Congresso, no entanto, não enxergam nessa justificativa de Toninho um pendor mais democrático do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do que o adotado pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Afirmam que tudo não passa de uma questão de sobrevivência, já que, quando foi eleito para comandar a Casa, Renan enfrentou muitos protestos e até um abaixo-assinado pedindo sua renúncia. “Ao que me consta, não existem movimentos de pessoas dispostas a acampar na frente da residência oficial de Henrique como ocorreu com Renan”, lembrou um desafeto do peemedebista alagoano.

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Fonte: Correio Braziliense
 

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