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Médicos fazem paralisação em 15 cidades

Médicos de pelo menos 15 cidades paranaenses fizeram ontem mobilizações e paralisaram o atendimento para protestar contra medidas do governo na área da saúde. Somente atendimentos de urgência e emergência foram mantidos. Os atos seguiram o calendário estipulado pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), que também prevê manifestações para hoje. 

Os médicos pedem a derrubada dos vetos à regulamentação das competências médicas (Lei do Ato Médico) e da Medida Provisória (MP) 62/13, que institui o programa Mais Médicos. Cobram ainda mais investimentos do governo na saúde. Além disso, a categoria pede melhores condições de trabalho e criação de plano de carreira para os médicos do Sistema Único de Saúde (SUS). 

A quantidade de profissionais que protestaram no Paraná não é exata, mas acredita-se que um número representativo aderiu à paralisação. Somente na capital cerca de mil médicos e estudantes de Medicina participaram de um ato público ontem de manhã, na praça Rui Barbosa, no centro. Segundo o Conselho Regional de Medicina (CRM-PR), hoje existem 20 mil profissionais ativos em todo o Paraná. "A mobilização foi intensa em muitas cidades, inclusive tivemos várias informações de profissionais que não participaram do ato público, mas que fecharam seus consultórios em apoio à causa", disse o presidente do CRM-PR, Alexandre Bley. 

Além da capital, foram confirmadas mobilizações ou ações de conscientização nas cidades de Londrina (ver box), Maringá, Campo Mourão, Paranavaí, Toledo, Pato Branco, Umuarama, Guarapuava, Francisco Beltrão, União da Vitória, Santo Antônio da Platina, Apucarana, Ponta Grossa e Cascavel. 

"A adesão foi grande no Estado, mas só vamos conseguir precisar os números nos próximos dias. Isso mostra uma postura forte da categoria, que é contrária às medidas do governo. Esperamos que com as mobilizações o diálogo com o Ministério da Saúde seja ampliado", afirmou Murilo Schaefer, presidente do Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar). 

Programa
Na segunda-feira, o Ministério da Saúde divulgou que apenas 4.657 pessoas confirmaram sua inscrição no programa Mais Médicos, que pretende levar profissionais para cidades do interior e periferias de grandes centros. Conforme o presidente da Associação Médica do Paraná (AMP), João Carlos Baracho, a pequena adesão aponta o desinteresse da classe sobre a medida do governo. "Os médicos têm consciência de que esta proposta é superficial, não tem vínculo empregatício. Funciona como uma 'bolsa médico' ou 'bolsa residente', e é perceptível que os profissionais estão desapontados", destacou. 

Os médicos se reúnem hoje, às 19 horas, na sede da AMP, em Curitiba, para avaliar os dois dias de paralisação. 

O Ministério da Saúde (MS) informou que o órgão reconhece o direito da categoria de promover manifestações, mas lamenta o prejuízo que pode ter sido causado à população. E ainda afirma estar aberto ao diálogo com as entidades médicas. 

 

 

Fonte: Folha de Londrina, 31 de julho de 2013


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