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TST faz proposta por fim de greve de eletricitários

O presidente do Superior Tribunal do Trabalho (TST), Carlos Alberto Reis, apresentou ontem proposta para encerrar a greve dos funcionários da Eletrobras, iniciada no último dia 15. Trabalhadores e representantes da empresa participaram de audiência conciliatória na sede do órgão, em Brasília, e levarão os termos para discussão na direção da empresa e em assembleias do sindicato. 


A proposta apresentada é válida por dois anos. Os trabalhadores teriam direito imediato à reposição da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado até maio, de 6,49%, mais ganho real de 1%. Em janeiro de 2014, seria concedido novo reajuste com ganho real de 1%. Em maio de 2014, os salários seriam corrigidos pelo IPCA do período e, em setembro de 2014, novo ganho real de 0,5%. A categoria ainda passaria a contar com vale alimentação de R$ 30 ao dia, um abono de R$ 3 mil em 2013 e outro em 2014 e não teria desconto pelos dias parados.


Uma nova audiência de conciliação será marcada para as 15h de quinta-feira, mas Reis pediu o retorno ao trabalho à meia-noite de amanhã. O assessor de Relações Trabalhistas e Sindicais da Eletrobras, Mauricio Marques Filho, afirmou que há dificuldade em cumprir a proposta do TST e que deve apresentar contraproposta. O diretor secretário Sindicato dos Trabalhadores nas Concessionárias de Energia Elétrica e Alternativa de Londrina (Sindel), José Mendes de Sousa, diz que a categoria tem assembleia às 9h de hoje, em frente à sede da Eletrosul na cidade, para discutir a questão. 

Falhas no sistema
Funcionários da Eletrosul e de Furnas no Paraná afirmam que a greve da categoria ocasionou ao menos três falhas em equipamentos nos últimos dias. O diretor do Sindel diz que não houve prejuízo no fornecimento de eletricidade, mas a falta de manutenção e de inspeções visuais pode gerar problemas em médio prazo. 

Ele conta que houve vazamento em duas subestações isoladas a gás da Eletrosul, uma em Ivaiporã e outra em Campo Mourão, nas quais foram feitas manutenções simples. Na unidade de Furnas em Ivaiporã, porém, ele diz que um transformador queimou e que não haverá troca até o fim da greve. "Aumenta o período sem inspeções e esse tipo de problema passa a ser mais frequente." 

Em nota, a direção da Eletrosul informou que os problemas foram causados pelas baixas temperaturas. "Os problemas técnicos não interromperam o fornecimento de energia e foram prontamente solucionados pelas equipes de manutenção da Eletrosul de Guarapuava e Londrina", informou. A assessoria de Furnas não atendeu às ligações da reportagem.

 


Fonte: Folha de Londrina, 30 de julho de 2013

 


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