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Centrais ameaçam greve geral para 30 de agosto se governo não atender reivindicações

Oito centrais sindicais ameaçaram nesta sexta-feira realizar uma greve geral no Brasil no dia 30 de agosto caso o governo federal não atenda à pauta de reivindicações dos sindicalistas ou não abra uma negociação sobre as demandas das centrais até o fim do mês que vem.


Reunidas em São Paulo nesta sexta para avaliar o Dia Nacional de Lutas, realizado na véspera com paralisações e protestos em todo o país, as centrais avaliaram que o movimento deu força às reivindicações levadas à presidente Dilma Rousseff.


"Ficou claro para o Congresso Nacional e para o governo que é preciso atender à nossa pauta", disse o presidente da Central Única do Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, segundo nota envidada pela entidade, uma das centrais que organizou a mobilização de quinta-feira.


"As centrais sindicais têm unidade na defesa da classe trabalhadora. E pela conquista dos itens da pauta de reivindicações que entregamos para o governo e para o Congresso, vamos até o fim", acrescentou.


Segundo a nota da CUT, ficou acertado na reunião desta sexta o estabelecimento de um prazo para que o governo e o Congresso atendam às reivindicações das centrais ou abram negociações sobre os itens da pauta. Caso contrário, prometem uma greve nacional para o dia 30 de agosto.


A pauta de reivindicações dos sindicalistas inclui redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução salarial, rejeição ao projeto de lei que regulamenta as terceirizações, fim do fator previdenciário, 10 por cento do Produto Interno Bruto para a educação, 10 por cento do Orçamento da União para a saúde, melhoria do transporte público, valorização das aposentadorias, reforma agrária e suspensão dos leilões de petróleo.


As centrais também prometem protestos nas portas de sindicatos patronais de todo o país no dia 6 de agosto, pela rejeição do projeto de lei que regulamenta as terceirizações. Na avaliação dos sindicalistas, a proposta retira direitos dos trabalhadores.


Na quinta-feira milhares de manifestantes foram às ruas no Dia Nacional de Lutas convocado por oito centrais sindicais --CUT, Força Sindical, Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), CSP - Conlutas e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).


Os protestos bloquearam estradas e avenidas importantes de capitais do país. Também afetaram as operações de portos e, em algumas cidades, paralisaram o transporte público.


As manifestações organizadas pelas centrais, no entanto, não tiveram o mesmo tamanho e força dos protestos apartidários e convocados pelas redes sociais em junho, que chegaram a levar um milhão de pessoas às ruas de cidades de todo o país.


 

Fonte: G1, 15 de julho de 2013

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