A greve dos trabalhadores da construção civil em Sergipe completa fez dias nesta quinta-feira (23) ainda sem acordo com a classe patronal. Centenas de operários se reuniram na Praça Olímpio Campos no Centro de Aracaju para pedir reajuste salarial de 15% e cesta básica no valor de R$ 150. O salário-base atual da categoria é de R$ 945 para a carga horária de oito horas diárias.
A greve chegou as maiores obras em todo o estado, apenas alguns operários resistem em trabalhar. Através de nota, o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) informa que entende a legitimidade do direito à greve dos trabalhadores, mas considera essa atitude inoportuna tendo em vista que o canal de negociação entre as partes estava aberto. Veja a nota na íntegra:O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil (Sintracon) fez a proposta inicial de reajuste de 15% e baixou para 13%. “Em reunião na manhã desta quinta-feira (23), o vice-governador Jackson Barreto se comprometeu a ligar para os representantes da classe patronal para intermediar as negociações”, afirma Raimundo Reis, presidente do Sintracon.
"O SINDUSCON-SE tem sido sensível e justo quanto às reivindicações de todos os trabalhadores nos últimos cinco anos. Neste período, eles tiveram um aumento de 65,89%, o que representa um ganho real de 34,01% sobre a inflação oficial, além da conquista do café da manhã.
Na sexta-feira (17/05), através de convite da Superintendente do Trabalho e Emprego, foi feita nova rodada de negociação e fechado um acordo ainda mais vantajoso para o trabalhador. Neste acordo assinado pelo Sintracon, foi acertado um reajuste de 8%, retroativo a março, e cesta básica de R$ 50,00.
Em uma atitude de desrespeito à Superintendência do Trabalho, às comissões de negociação patronal e dos trabalhadores, parte da diretoria do Sintracon informou, à tarde, que o acordo assinado ao meio dia não estava valendo, e a greve iria continuar.
Não acreditamos que esta seja a postura dos trabalhadores da construção civil e cremos que os limites foram ultrapassados com esta atitude desrespeitosa, que faz com que as vantagens para os trabalhadores demorem ainda mais.
Embora entendamos ser legítimo aos trabalhadores exercerem o seu direito de greve, o Sinduscon/SE considera esta atitude desrespeitosa e inoportuna. O que o Sintracon assina e diz muda de hora em hora, por isso não merece confiança."
Fonte: G1, 24 de maio de 2013
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