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Grupo de maranhenses trabalhava em condições precárias no RJ




Nordestinos deixam seus Estados de origem em busca de um emprego no setor da construção civil no sudeste. Algumas vezes, são contratados por empreiteiras com a promessas de um bom trabalho para tocar obras como do programa "Minha Casa, Minha Vida".


Mas quando chegam aos Estados da região sudeste, ficam sabendo que a situação é bem diferente. Um grupo de maranhenses viu o sonho de uma vida melhor se transformar em pesadelo no município de Macaé, no Estado do Rio de Janeiro. A denúncia foi feita pelo jornal O Globo.


Segundo as denúncias mostradas pelo jornal, o alojamento estava em condições precárias. Quase cem homens dividem espaço em quartos apertados e sem ventilação. Do lado de fora, os latões de lixo estavam superlotados. Os banheiros estavam com chuveiros queimados e com muita sujeira.


O alojamento fica a menos de 200 metros do lugar onde os pedreiros trabalham em Macaé, no Rio de Janeiro, em uma obra do programa "Minha Casa, Minha Vida". Os trabalhadores não gravaram entrevistas com medo de sofrer represálias. Segundo a reportagem, eles seriam de  Coroatá, a 276 km de São Luís e ganhariam cerca de 800 reais pelo trabalho.


Ronaldo Vilela, responsável pela obra feita em consórcio entre a SPL Engenharia e Direcional Engenharia, afirmou que cem trabalhadores vivem hoje nos alojamentos que abrigariam até 200 pessoas e que ninguém dorme no chão. O reponsável pela obra disse, também, que todos os trabalhadores recebem passagem para ir para Macaé e quando desistem de trabalhar também recebem passagem para voltar a cidade de origem.


Além disso, os trabalhadores ganham, segundo Ronaldo Vilela, passagens nas folgas que ocorrem de 6 em 6 meses para visitar a família, e que os trabalhadores são contratados com todos os direitos trabalhistas.


Quanto à sujeira, foi justificado que quatro pessoas trabalham diariamente nos alojamentos fazendo a limpeza do local. Sobre os salários, seriam, de acordo com o responsável pela obra, em média 2.000 mil reais. O Ministério do Trabalho disse que ainda não recebeu nenhuma denúncia, e que cumpre um cronograma anual de fiscalização.


Fonte: G1, 09 de maio de 2012

 

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