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Amazonas: Embrapa mantém trabalhadores em cárcere privado

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é acusada de manter trabalhadores rurais em situação análoga ao cárcere privado, em um campo experimental localizado na Zona Franca de Manaus (AM). Segundo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), os funcionários são impedidos de deixar o local depois do expediente.


A liberação para o descanso em casa só ocorre nos finais de semana. Simone Alves, da Seção Sindical da Embrapa do Amazonas, afirma que apesar de a saída ser proibida, a regra não vale para todos.


“O supervisor sai do campo experimental todos os dias e vai para a sua casa depois do expediente. Já os trabalhadores do campo – são oito – são obrigados a permanecer lá dentro. Eles não têm autorização para sair. E a empresa alega que é porque não tem transporte.”


Para Simone a Embrapa poderia utilizar o mesmo veículo que transporta os funcionários para o local de trabalho na segunda-feira. Ela ainda relata que as condições no alojamento são precárias.


“Eles dão uma casa de madeira, que não é ajeitadinha. Não dão uma cama, colchão e nem rede. Isso quem providencia é o próprio trabalhador. Não tem móveis. Eles puxam uma corda e penduram as roupas. Quem leva mala, deixa os pertences dentro da mala.”


O Sinpaf ainda informa que os trabalhadores exercem funções irregulares de vigilância, limpeza e cozinha “por meio de coação, sem receber horas-extras e sem qualquer estrutura de atendimento médico”.


Conforme matéria publicada pelo Diário do Amazonas, o Ministério Público do Trabalho (MPT) investiga outros casos semelhantes denunciados anteriormente e que teriam ocorrido na mesma unidade da Embrapa.


Fonte: Radioagência NP, 25 de janeiro de 2012


 

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