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Rede latino-americana de Agendas de Trabalho Decente

 Encerrado em Salvador na tarde desta terça-feira, dia 6, o Encontro Internacional de Agendas Subnacionais de Trabalho Decente apresentou avanços importantes para a criação de uma rede latino-americana de Agendas de Trabalho Decente. Em novembro, o grupo formado por gestores públicos das esferas federais, estaduais e municipais, empregadores e trabalhadores de países do Cone Sul, liderado tecnicamente pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), voltará a se reunir na província de Santa Fé, Argentina, para definir estratégias de fortalecimento e consolidação dessa rede, que deverá priorizar temas comuns aos países participantes, constituindo uma base de diálogo.

 
No entanto, até este segundo encontro, instituições participantes do encontro na Bahia interessadas em aderir à rede deverão formalizar esse compromisso por meio do Protocolo de Intenções que a OIT disponibilizará, em breve, em sites gerenciados pela instituição. A rede latino-americana de trabalho decente será o espaço para a coesão social e sustentabilidade dos acordos em matéria de desenvolvimento com inclusão, emprego de qualidade e sustentabilidade ambiental.

 
Para o secretário estadual do Trabalho e Esporte, Nilton Vasconcelos, que presidiu o encontro na capital baiana, a rede será capaz de articular iniciativas políticas, programas e projetos de promoção de trabalho decente. Realizado pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e pela OIT, o evento internacional reuniu na capital baiana, durante dois dias, representantes da Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai e dos estados brasileiros Bahia, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Tocantins e Espírito Santo, além do Distrito Federal; e das cidades de Cuiabá (MT), Curitiba (PR) e São Paulo (SP).


Jovens no mercado de trabalho


A Diretora do Escritório da OIT no Brasil, Laís Abramo, proferiu uma palestra com o tema “Trabalho Decente e Juventude”, enfatizando a forte presença dos jovens de 18 a 24 anos no mercado de trabalho, que chega a 61% na Argentina, 75% no Brasil, 48% no Chile, 70% no Paraguai e 69% no Uruguai.


Laís Abramo ressaltou que a idade de entrada no mercado de trabalho é fortemente marcada pelas desigualdades sociais. É no trabalho realizado na adolescência que mais se evidencia o forte peso das desigualdades sociais, principalmente por três fatores: é mais intenso entre os jovens de famílias mais pobres; poucas vezes é exercido em condições adequadas e protegidas; muitas vezes equivale às piores formas de trabalho infantil e adolescente (proibidas até os 18 anos).


A partir dos 18 anos, a diferença principal não está na disposição para o trabalho, mas sim nas chances de encontrá-lo e nas condições nas quais é exercido. Os jovens de baixa renda são mais afetados pelo desemprego e piores condições de trabalho, muitas vezes sem completar o ensino fundamental básico. Os jovens com renda mais alta tendem a ser menos afetados pelo desemprego e encontram melhores empregos, enfatizou a Diretora da OIT.
 
 
 
 

Fonte: OIT, 09 de agosto de 2013

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