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Trabalho escravo em Londrina

Mais de 120 anos depois da abolição da escravatura no Brasil, infelizmente as notícias de trabalho escravo ainda são frequentes
É inadmissível que em 2012 ainda sejam encontrados trabalhadores em situações análogas à escravidão no Brasil. Matéria de ontem desta FOLHA traz denúncia do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e do Mobiliário de Londrina e Região de que sete pedreiros oriundos do Maranhão estariam vivendo em condições subumanas em Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina). Os trabalhadores foram atraídos pela expansão imobiliária e por promessas de bons rendimentos. 

Mais de 120 anos depois da abolição da escravatura no Brasil, infelizmente as notícias de trabalho escravo ainda são frequentes. Em maior ou menor escala, essa prática está presente em todos os Estados, de Norte a Sul. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego apontam que no ano passado 2.271 trabalhadores foram resgatados pelos grupos móveis de fiscalização. Foram 158 ações em 320 fazendas e estabelecimentos. No Paraná - que ocupa a sexta posição no ranking - 120 pessoas foram resgatadas, o que gerou R$ 244.898,59 em indenizações. Lideram a lista: Pará, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina e Mato Grosso. Em todo o País foram resgatados 2.628 trabalhadores, o que gerou R$ 8.786.424,89 em indenizações. 

O Brasil conta com um Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, que foi instituído pela resolução 05/2002. Foi elaborado para atender as determinações do Plano Nacional de Direitos Humanos e expressa uma política pública permanente ao estabelecer estratégias de atuação integrada para ações preventivas e repressivas entre todos os poderes e a sociedade civil. O estabelecimento de um plano é importante porque determina metas a serem cumpridas e trabalhos a serem desenvolvidos. 

No entanto, também é importante a implantação de uma campanha permanente de conscientização da população sobre o trabalho escravo. Se os cidadãos estiverem bem esclarecidos a respeito do problema, identifcar as práticas torna-se mais fácil. Outro ponto bastante relevante são os investimentos em educação de qualidade e capacitação profissional. À medida que aumentar a escolaridade das pessoas e todos estiverem em condições de buscar boas oportunidades no mercado de trabalho talvez seja mais fácil combater essa prática.

Fonte: Folha de Londrina, 04 de outubro de 2012

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