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Morrem mais terceirizados do setor elétrico que trabalhadores do setor de segurança

 

Em meio às denúncias da precarização do  trabalho no serviço público provocado pela terceirização no setor elétrico  brasileiro, destaca-se o número de mortes de trabalhadores de empresas terceiras  por acidentes no trabalho em comparação aos trabalhadores dos quadros próprios  das empresas do setor.

Segundo dados do Dieese, em 2011, das 79  vítimas fatais no setor elétrico por acidente de trabalho, 61 eram trabalhadores  terceirizados. Em 2012, foram registradas 58 mortes de terceirizados, de um  total de 67 contabilizadas no setor elétrico brasileiro.

O número de mortes de terceirizados no  setor elétrico é superior ao de alguns profissionais da área de segurança  pública e privada, como policiais civis e vigilantes bancários.

Dados do  Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2013, apontam que 28 policiais civis  morreram em serviço no ano de 2011 e 15 em 2012.


Pesquisa Nacional de Mortes em  Assaltos Envolvendo Bancos 2013, elaborada pelo Dieese e a Confederação Nacional  dos Vigilantes (CNV) mostra que 49 vigilantes foram mortos durante assaltos a  bancos no ano de 2011 e outros 57 em 2012.

No Paraná, de acordo com o Dieese, foram  registradas, 22 mortes decorrentes de acidente de trabalho envolvendo a rede  elétrica na Copel – dados relativos à Copel Distribuição e Copel Geração e  Transmissão entre 2009 e 2012. Do total de mortos, 16 eram empregados  terceirizados da empresa.

De acordo com o relatório do Ministério  Público do Trabalho (MPT), que integrou o Inquérito Civil encaminhado ao  Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a precarização de trabalho e do expressivo  número de mortes de terceirizados em comparação aos do quadro próprio da  empresa, decorre da falta de integração entre a Copel e a empresa terceirizada  “seja na efetiva fiscalização na utilização dos equipamentos de segurança ou  mesmo pelo não fornecimento de equipamentos EPIs e EPCs (equipamentos de  proteção individual e equipamentos de proteção coletiva – NR), ou ainda, com  fornecimento de materiais de baixa qualidade que põem riscos esses  trabalhadores, como por exemplo, a utilização, quando fornecidos ou quando  utilizados, de detector de tensão ou aterramento temporário de tensão de má  qualidade ou até inexistente”.

Os argumentos do MPT,  segundo Kaniak, reforçam a defesa do Senge-PR de que a empresa realize concurso  para, com treinamento especializado e equipamentos seguros, busque-se evitar as  mortes por acidentes no trabalhos em redes elétricas. “O ideal, sob toda  perspectiva de segurança do trabalho, é que não haja qualquer acidente e  principalmente morte decorrente da atuação profissional com redes elétricas. No  entanto, conforme aponta o MPT, e que também é entendimento do Senge-PR, o  aumento do quadro próprio da Copel, com a eliminação da terceirização de  atividades fins, com as devidas capacitações profissionais e fornecimentos de  equipamentos de segurança com certeza vão ajudar a reduzir os números alarmantes  de mortes no setor”, reforça Kaniak.

João Pedro de Amorim Junior – Coordenador de  Comunicação do Senge-PR
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