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Afastamento por doença reduz nível de produção na empresa, diz Fiesp

ma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) apontou que parte dos casos de depressão está ligada a cobranças no ambiente de trabalho. Segundo a diretora regional da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), emAraraquara (SP), o afastamento dos funcionários doentes gera queda de produtividade e custos extras às empresas.



“Além da perda do colaborador, tem a contratação de alguém como suplente e, normalmente, é alguém que não está treinado a executar essas funções, que não tem a mesma capacitação daquele que foi afastado. Com isso, tem um tempo onde a produção não vai responder a contento”, disse Eneida de Toledo.



Os principais problemas constatados pela pesquisa da USP foram excesso de serviço, relacionamento ruim e sensação de muito trabalho para pouca recompensa, seja financeira ou pessoal. Para evitar essa situação, há três anos a Fiesp disponibiliza uma equipe de médicos, dentistas e psicólogos que fazem consultoria gratuita e avaliam a saúde dos funcionários.


Ainda de acordo com Eneida, as empresas que investem no bem estar dos funcionários registram menos casos da doença. “Ambiente saudável ampara a todos, porque reconhecemos que o maior patrimônio para a indústria são os seus colaboradores. Então, uma boa produtividade e um crescimento contínuo só são garantidos olhando para os colaboradores como peças fundamentais do empreendimento”, afirmou.



Cobranças
No fim do ano passado, um homem, que tem a doença e prefere não se identificar, começou a sentir alteração na pressão, palpitação e tremedeira. Ele também tinha crises de choro e atribuiu esses problemas às cobranças no trabalho, pois a equipe havia diminuído e o serviço aumentado.


“Uns ficavam mais sobrecarregados do que os outros, isso acabava gerando um ponto de tensão”, contou. Ele foi diagnosticado com depressão, passou a tomar remédios e fazer terapia. Atualmente, diz que se sente melhor, mas ainda não está curado.



“Você perde o chão, a noção de futuro. Tudo que você fez até agora, tudo que você batalhou nos seus anos de estudo, seus anos de trabalho, foram em vão”, declarou.

 



Afastamentos
O afastamento por depressão no Estado gerou ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) um custo de R$ 28 milhões, no ano passado, com o pagamento de benefícios para os pacientes.



O advogado Eduardo Santiago, especialista em previdência social, diz que o governo poderia reduzir estes gastos se investisse também no tratamento e na preparação para o funcionário afastado retornar ao mercado de trabalho.



“O ideal seria ter pessoas preparadas, como psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais e mesmo profissionais da área de recursos humanos, para treinar e preparar esse colaborador para sua volta”, afirmou Santiago.



Fonte: G1, 16 de maio de 2013


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