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MP pedirá indenização coletiva por desabamento no Arena Palestra

O Ministério Público pedirá na Justiça uma indenização coletiva por danos morais à construtora WTorre em benefício dos operários do Arena Palestra. Na segunda-feira (15), o desabamento de vigas deixou um operário morto e outro ferido. A promotoria quer ainda que a empresa apresente melhorias com relação à segurança dos trabalhadores que atuam na obra, como informou o Bom Dia São Paulo desta quarta-feira (17).


Os trabalhos na obra devem ser retomados parcialmente nesta quarta. A área de 4,8 mil metros quadrados onde ocorreu o acidente, no entanto, segue interditada por tempo indeterminado. A parte interditada, que vai do setor 20 ao 32, corresponde a 10% do total da obra.


Em 2011, a paralisação das obras tinha sido pedida pelo promotor José Carlos de Freitas, da Promotoria da Habitação e Urbanismo do Ministério Público de São Paulo. Ele questionava o dano ambiental causado pela impermeabilização do solo e também a concessão de autorização para reformas com aumento de área. Para obter a autorização da obra, o Palmeiras manteve um trecho da arquibancada antiga, para não configurar a construção de um novo estádio.O coronel Jair Paca de Lima, coordenador da Defesa Civil de São Paulo, explicou, no dia do acidente, que o prosseguimento das obras não colocará os funcionários em risco. “A laje é praticamente compartimentada. Qualquer algo de mais grave que venha a ocorrer nesse local que foi interditado, qualquer acidente, não viria a afetar as demais partes da obra”, afirmou.


Arte Queda Arquibancada Arena Palestra (Foto: Arte/G1)

Sobrevivente
O sobrevivente que ficou ferido no desabamento de uma viga na área onde são construídos os camarotes prestou depoimento na tarde desta terça-feira (16), no 23º Distrito Policial, em Perdizes. Crispiniano dos Santos, de 22 anos, que chegou a ficar internado na Santa Casa, disse não ter notado nada de errado na obra antes do desabamento.



Estava previsto que o delegado Marco Aurélio Batista falasse com representantes das empresas WTorre  e TLMix, empresa terceirizada responsável por obras no trecho onde ocorreu o acidente. Entretanto, os depoimentos não ocorreram na tarde de terça, mas devem acontecer nos próximos dias, de acordo com o delegado.



O delegado reafirmou que os laudos da perícia devem ficar prontos em 30 dias, mas que pode haver perícias complementares. Ele também pretende ouvir todos os envolvidos dentro deste prazo para conseguir a conclusão nesse período.



A polícia neste momento tenta identificar funcionários que estavam no local para que testemunhem sobre o ocorrido. Batista quer ouvir não só os funcionários que contribuíram com a mão de obra, mas também aqueles que fiscalizavam e autorizavam o evento naquele local.



O corpo do operário Carlos de Jesus, de 38 anos, que morreu no acidente, será enterrado no povoado de Tapuio, que pertence à cidade de Araci, na Bahia.


 

Fonte: G1, 17 de abril de 2013

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