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Construção civil emprega 90 mil em GO, mas tem alto índice de acidente

O grande número de obras em Goiânia mostra o nível de crescimento capital. A cada mês novas construções são erguidas e mudam o visual de regiões da cidade. Atualmente, mais de 340 obras estão em andamento e se convertem em emprego para 90 mil trabalhadores. O que intriga é o fato de um setor que recebe tantos investimentos ainda aparecer entre os primeiros na lista de acidentes de trabalho. Um dos problemas mais perceptíveis é a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).


Em obras de grande porte, como a construção de um edifício, é mais fácil ver funcionários usando os Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Mesmo assim, na sacada de um dos apartamentos, a reportagem da TV Anhanguera flagrou um operário sobre um cavalete não usa capacete, luva ou cinto de segurança.


A construção civil aparece em segundo lugar entre os setores com maior número de acidentes: só perde para a indústria do álcool. Esses acidentes ocorrem, principalmente, por dois fatores: a falta de fiscalização ou a fiscalização ineficiente; a segunda causa é o alto grau de informalidade no setor. Os acidentes causam mortes e afastamentos temporário ou permanente.Nas obras menores, os flagrantes se multiplicam. No alto de uma casa, o grupo de operários se arrisca na colocação das telhas. Nenhum deles usa EPI.


Veja quais são os tipos de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)*


EPI para proteção da cabeça:


Capacete
Capuz ou balaclava


EPI para proteção dos olhos e face:


Óculos
Protetor facial
Máscara de Solda



EPI para proteção auditiva:

Protetor auditivo



EPI para proteção respiratória:


Respirador purificador de ar não motorizado
Respirador purificador de ar motorizado
Respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido
Respirador de adução de ar tipo máscara autonoma
Respirador de fuga


EPI para proteção do tronco:


Vestimentas


EPI para proteção dos membros superiores:


Luvas
Creme protetor
Manga
Braçadeira
Dedeira


EPI para proteção dos membros inferiores:


Calçado
Meia
Perneira
Calça


EPI para proteção do corpo inteiro:


Macacão
Vestimenta de corpo inteiro


EPI para proteção contra quedas com diferença de nível:


Cinturão de segurança com dispositivo trava-queda
Cinturão de segurança com talabarte


Dever dos empregadores:


Os empregadores deverão fornecer os EPI´s específicos para seus funcionários, bem como manter estoque compatível dos mesmos.


Os EPI´s deverão, obrigatoriamente, possuir Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego.


A entrega de EPI´s deve ser documentada por meio de registro próprio, mantido no canteiro de obras, à disposição da fiscalização.


O dimensionamento e especificação dos EPI's deve cumprir os requisitos da norma do Ministério do Trabalho que regulamenta o uso de EPIs, a Norma Regulamentadora Número 6 (NR06).


Especial atenção deve ser dada aos cintos de segurança. Deverá ser previsto o uso de cintos de segurança, tipo paraquedista, com dois talabartes. Cabos guias, quando necessários, serão de cabo de aço e fixados com o uso de clips.


Os empregadores devem fornecer também uniformes aos seus trabalhadores. Nos casos em que os uniformes são afetados por substâncias nocivas à saúde (cimento, graxa, óleo, etc.), a empresa será responsável pela sua higienização.


É obrigatório a empresa treinar os seus empregados para o uso, conservação, higienização e guarda dos EPI's, devendo fiscalizar o seu uso.


Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC's):


Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) é todo dispositivo, sistema ou meio, fixo ou móvel, de abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros.


Dimensionamento, Projetos e Documentos: 


O dimensionamento e especificação dos Equipamentos de Proteção Coletiva deve ser feito pelo Engenheiro de Segurança do Trabalho e, obrigatoriamente, constar do Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho (PCMAT).


Alguns equipamentos de proteção coletiva dependem de projeto específico, os quais também devem integrar o PCMAT da obra, entre eles: andaimes, bandejas de proteção, telas de proteção, cabos de vida para cintos de segurança, escoramento de valas, escadas e rampas de acesso.


Assim como os EPI's, os EPCs têm que possuir Certificado de Aprovação (CA). As proteções coletivas que dependem de projeto também devem ter a sua documentação legal disponível na obra: projeto detalhado, especificações técnicas e Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) registrada no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea).


Fonte: G1, 31 de maio de 2012

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