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Metalúrgicos de Curitiba fazem protesto nesta quinta-feira

Nesta quinta-feira, 29 de setembro, mais de dois milhões de metalúrgicos de todo o País cruzarão os braços para participar da paralisação nacional contra o corte de direitos e para exigir do governo ações efetivas para o reaquecimento da economia.


Os protestos dos metalúrgicos de Curitiba serão acompanhados por sindicatos internacionais de trabalhadores. O UAW (United Auto Workes), sindicato americano que tem entre seus filiados, a categoria metalúrgica, além de emitir nota de apoio à paralisação, também participará da mobilização em Curitiba com transmissões ao vivo para os Estados Unidos, através das redes sociais.


A mobilização faz parte da campanha nacional “Cortar Direitos Não Gera Emprego! Retomada da Economia Já!”. O “Dia de Unidade de Ação Metalúrgica em Defesa dos Direitos e da Aposentadoria”, é organizada pelas Confederações, Federações e mais de 500 Sindicatos de metalúrgicos do Brasil, ligados à Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas). Em Curitiba, os protestos acontecerão nas principais empresas da categoria, a partir das 6h, com participação efetiva de mais de 30 mil trabalhadores da capital e região metropolitana, sob a liderança do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, filiado à Força Sindical.


“O que tem travado a economia são os juros altos, o excesso de impostos e a falta de crédito. É isso que tem penalizado a indústria, o comércio e toda a cadeia econômica. Mas ao invés de atacar esses problemas, o governo prefere propor diminuição de direitos, congelamento de salários, cortes na saúde e educação, jogando a conta da crise nas costas da população que já paga um preço alto com o desemprego e o achatamento da renda. É por isso que os metalúrgicos vão parar geral. Cortar direitos não tem efeito nenhum sobre a economia e geração de emprego”, diz o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Sérgio Butka.



Campanha “Cortar Direitos Não Gera Emprego! Retomada da Economia Já!” toma o País


Além da participação nos protestos e manifestações, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos e a Força Sindical, também intensificam em todo o país, desde o dia 05 de setembro, a campanha “Cortar Direitos Não Gera Emprego! Retomada da Economia Já!”, com o objetivo é fomentar uma intensa campanha de comunicação não somente nas fábricas, mas também junto à população em geral, para alertar sobre as propostas do governo e do Congresso que ameaçam direitos e para pressionar por medidas que acelerem a economia e a geração de emprego, sem atingir os direitos dos trabalhadores.


Dessa forma, uma série de outdoors, frontlights e busdoor forma instalados em nove grandes capitais do País e importantes centros urbanos, totalizando 16 cidades: Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Goiânia, Catalão, Anápolis, Rio de Janeiro, Curitiba, São Paulo, Florianópolis e Brasília, Maringá, Londrina, Cascavel, São José dos Pinhais e Foz do Iguaçu.



Medidas defendidas pelos metalúrgicos para a retomada da economia


1) redução dos juros;


2) redução dos impostos para incentivar a atividade produtiva e o consumo;


3) ampliação do crédito;


4) programa de renovação da frota;


5) valorização do salário mínimo, das aposentadorias e da renda, visando aquecer o mercado interno;


6) auditoria cidadã da dívida pública brasileira;


7) correção da tabela do Imposto de Renda pela inflação.



Medidas defendidas pelos metalúrgicos para a Previdência Social


1) revisão ou fim das desonerações sobre a folha de pagamento das empresas;


2) revisão das isenções previdenciárias para entidades filantrópicas;


3) venda dos 3.485 imóveis em desuso da Previdência Social. A venda desses imóveis acarretaria uma arrecadação de R$ 1,5 bilhão;


4) fim da aplicação da DRU (Desvinculação de Receitas da União), que arranca dinheiro da Seguridade Social para pagar juros ao sistema financeiro;


5) criação do Refis (Programa de Refinanciamento) para cobrança dos R$ 236 bilhões de dívidas ativas com a Previdência;


6) melhoria da fiscalização da Previdência por meio do aumento do efetivo de fiscais em atividade ;


7) revisão das alíquotas de contribuição para a Previdência Social do setor do agronegócio, que hoje é isento;


8) destinar à Seguridade/Previdência as receitas fiscais oriundas da regulamentação dos bingos e jogos de azar.




Fonte: Bem Paraná, 28 de setembro de 2016.

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