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Produção industrial no Paraná cai 5,5% em 2014

 

Doze dos 14 locais pesquisados no país tiveram recuo na atividade fabril em dezembro. Estados com setor automotivo forte foram os mais afetados

 

 

A produção industrial registrou em dezembro a queda mensal mais generalizada entre as regiões pesquisadas desde dezembro de 2008, quando o setor enfrentava o auge dos efeitos da crise mundial. Ao todo, 12 dos 14 locais tiveram recuo na atividade na comparação com novembro –no Paraná, o índice ficou negativo em 0,5%. Os dados foram revelados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Seis anos antes, o desempenho negativo era observado em 13 das 14 regiões.

INFOGRÁFICO: Veja a situação da produção industrial paranaense nos últimos 12 anos

“Isso surpreende pela quantidade de locais, pelo grau de abrangência, assim como ainda pela permanência desse quadro de queda da indústria”, comentou o economista Rodrigo Lobo, técnico da Coordenação de Indústria do órgão. Na média nacional, a queda mensal foi de 2,8%. “Não temos ainda perspectiva de quando haverá recuperação. É preciso uma sequência de resultados positivos para que a situação se reverta. E, por enquanto, a indústria permanece no negativo”, acrescentou.

O perfil disseminado também foi observado no desempenho anual, notou Lobo. A produção recuou 3,2% na média nacional e dez das 15 regiões pesquisadas acompanharam o comportamento negativo. “É uma conjuntura que reforça o quadro negativo da indústria. Desde os últimos meses de 2013 começamos a perceber o movimento de queda na produção de maneira mais intensa”, disse.

O pior desempenho foi de São Paulo (6,2%), justamente o maior parque fabril do país. Foi o pior resultado paulista desde 2009 (7,4%). Mas as quedas também foram intensas no Paraná (5,5%), Rio Grande do Sul (4,3%) e Amazonas (3,9%).

“Todos os estados onde a atividade de veículos automotores tem importância, sobretudo montadoras de automóveis e caminhões, tiveram comportamento negativo em 2014”, observou. “O segmento foi bastante afetado por baixa demanda, não só por conta da renda crescendo menos, mas também pela menor renda disponível, inflação que corrói poder aquisitivo e crédito mais caro. Os empresários, por sua vez, têm tido baixa expectativa de aumentar investimentos por causa desse cenário.”

Minério de ferro

No Centro-Oeste, contudo, a cana-de-açúcar não foi afetada e deu contribuição positiva à produção tanto de alimentos quanto da indústria como um todo nas regiões de Mato Grosso e Goiás. “Mas o destaque absoluto ficou com os estados produtores de minério de ferro. A atividade salvou a indústria desses locais”, sublinhou o técnico. Nesse contexto, Pará (8,1%) e Espírito Santo (5,6%) assinalaram as expansões mais elevadas na atividade no ano passado.


Fonte: Gazeta do Povo
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