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Candidatos ao governo detalham pouco as propostas em debate

Roberto Requião, Beto Richa e Gleisi Hoffmann foram questionados a respeito de temas considerados chave para a competitividade da indústria

 
Fotos: Michel Willian/Divulgação
Roberto Requião defende redução de impostos estaduais, elevação do salário mínimo e aposta em inovação tecnológica
 
Gleisi Hoffmann pretende criar um PAC do Paraná, um conjunto de ações para o desenvolvimento do Estado
 
Beto Richa afirma que investiu em infraestrutura e reduziu o custo de produção no Paraná no atual mandato, serviços que pretende aprimorar
Os principais candidatos ao governo do Paraná foram sabatinados ontem por lideranças do setor industrial, em um evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Roberto Requião (PMDB), Beto Richa (PSDB) e Gleisi Hoffmann (PT) foram questionados a respeito do caderno "Propostas para a Competitividade da Indústria Paranaense 2015-2025", que foi entregue a eles. A sabatina foi permeada por troca de farpas entre os candidatos principalmente entre Richa e Requião, mas com pouco detalhamento de propostas. 
 
O documento detalha propostas sobre 12 temas chamados "fatores-chave de competitividade" que envolvem tributação; relações de trabalho; educação; política e gestão pública; financiamento produtivo, segurança jurídica e burocracia; meio ambiente e sociedade; inovação; infraestrutura; produtividade; mercados e política econômica. O objetivo do caderno da Fiep é "contribuir e influenciar na elaboração de políticas públicas que promovam a competitividade industrial paranaense". 

 

Além disso, a Fiep pretende criar um mecanismo de monitoramento do mandato do eleito para cobrar com mais efetividade a implantação de propostas incluídas no caderno. A prioridade de cada um dos 12 temas varia de região para região no Estado. 

 

O candidato do PMDB ao governo, Roberto Requião, defende como principais propostas para o Paraná reduzir impostos, manter o crescimento do salário mínimo e apostar em inovação tecnológica. Criticou o governo atual que tem dado foco na assinatura de protocolos de intenções para a vinda de novas empresas e ampliação de investimentos. 

 

A Fiep sempre contestou os aumentos aplicados ao mínimo regional porque estes percentuais acabavam balizando as negociações salariais de outras categorias. Neste ponto, Requião divergiu dos industriais e disse que o mínimo regional terá que acompanhar a produtividade da economia e inflação. "Se congelarmos o salário vamos ter uma crise, a exemplo do que teve nos Estados Unidos", afirmou. Para ele, o mínimo regional foi o que empurrou a economia do Paraná no governo dele. 

 

Requião disse que também pretende acabar com a substituição tributária já no início do governo caso seja eleito. "A substituição tributária está tirando o capital dos empresários", disse. Outras propostas de Requião são aliviar os custos do Estado, cortar despesas em publicidade e aplicar estes recursos em investimentos. Ele também pretende fazer uma revisão em todos os contratos de compra e venda de energia da Copel. 

 

O governador Beto Richa disse que durante todo o seu mandato investiu em infraestrutura com melhoria de estradas, investiu em aeroportos, no Porto de Paranaguá e que tudo isso reduziu o custo de produção e contribui para a competitividade do Paraná. A proposta dele é melhorar ainda mais estes serviços e aprimorar a relação que o governo estadual já tem com todo o setor produtivo. 

 

Richa afirmou que pretende reduzir custos da máquina pública. Disse ainda que ao assumir o governo se deparou com uma crise de confiança no Estado, em resposta às declarações de Requião durante a sabatina. Afirmou ainda que a Copel não tinha projetos em 2011 e que hoje investe em várias regiões do País. Segundo ele, a saúde financeira do Estado vai bem, mas é necessário reduzir gastos para não diminuir investimentos. Em relação ao salário regional destacou que o governo dele melhorou o equilíbrio da comissão tripartite e, com isso, conseguiu agradar o setor produtivo e os trabalhadores, o que pretende dar continuidade.

 

Fonte: Folha de Londrina, 20 de agosto de 2014

 

 

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