Federal Reserve deixou os juros do país no intervalo de 2,25% a 2,50%.

Por G1

GNews - Banco Central dos Estados Unidos, FED — Foto: GloboNews

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O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) manteve nesta quarta-feira (20) as taxas de juros do país no intervalo de 2,25% a 2,50%. Em comunicado, após a reunião de dois dias, a autoridade monetária também informou que não espera mais aumentar os juros neste ano.

Agora, o Fed só planeja apenas um aumento até 2021.

Até setembro do ano passado, os integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) projetavam aumentar os juros três vezes em 2019. A última vez em que as taxas subiram foi em dezembro - em 2018, foram quatro altas.

Nesta quarta-feira, os integrantes do Fomc apontaram que as informações recebidas desde a reunião de janeiro indicam que o mercado de trabalho continua forte, mas que o desempenho da atividade econômica desacelerou em relação ao quatro trimestre.

O Fed também disse que irá desacelerar a redução mensal de sua carteira de títulos de até US$ 30 bilhões atuais para até US$ 15 bilhões a partir de maio.

Novas projeções

O Fed divulgou novas projeções para o desempenho da atividade econômica dos EUA. O BC norte-americano espera agora expansão de 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Em dezembro, a alta prevista era de 2,3%.

Para 2020, a expectativa de crescimento recuou de 2% para 1,9%.

Já a projeção para a inflação deste ano passou a 1,8%, ligeiramente abaixo da previsão anterior, que era de 1,9%.

Efeitos no Brasil

Quando os juros sobem nos Estados Unidos, a economia norte-americana se torna mais atraente para investimentos aplicados atualmente em outros mercados como o Brasil, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação ao real.

Os títulos do Tesouro americano, atrelados à taxa de juros norte-americana, são considerados o investimento mais seguro do mundo. No cenário de aumento de juros, esse fluxo de capital pode levar a uma tendência de alta do dólar em relação a moedas emergentes como o real.

A decisão de investimentos depende, entretanto, do apetite de risco dos investidores. Os mais conservadores tendem a procurar economias mais seguras para alocar seu capital, mesmo que paguem juros mais baixos. Em 2008, por exemplo, durante a crise do subprime nos Estados Unidos, a demanda por títulos do Tesouro americano cresceu.

Fonte: G1