Empurrados não vamos Integrantes da cúpula do DEM têm reclamado do que veem como uma tentativa do governo Jair Bolsonaro de atrelar indicações de cargos ao partido. A face mais exposta do impasse está no Ministério da Educação. Dirigentes da legenda se irritaram com a vinculação de nomes que já atuaram na pasta e estão cotados para voltar a uma suposta reivindicação partidária. Eles dizem que, enquanto o Planalto não organizar o jogo com todas as siglas, não haverá gesto de apoio formal à atual gestão.

Parte pelo todo Parlamentares do DEM afirmam que o governo tem tentado “coletivizar indicações que são individuais”. Há forte preocupação na sigla porque ela comanda as duas Casas do Congresso.

Parte pelo todo 2 O risco dos rumores de que o Democratas está ampliando sua participação na Esplanada é o fomento de queixas de traição nas siglas que o levaram à presidência da Câmara e do Senado e ainda não tem qualquer tipo de interação com o Planalto.

Teste de DNA Em meio à crise que se arrasta no Ministério da Educação, Leonardo Leão, que atuou na gestão de Mendonça Filho (DEM-PE) na pasta, deverá ser nomeado diretor no FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Internamente, a indicação foi atrelada ao partido.

Prata da casa O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), só serviu vinhos da cidade de Bento Gonçalves (RS) no almoço com Bolsonaro no sábado (16). Recentemente, ele fez uma peregrinação por vinícolas do município e voltou propagandeando a qualidade da produção nacional.

Meio cheio, meio vazio O fato de Bolsonaro ter convidado 15 ministros para o almoço que inicialmente contemplaria apenas as cúpulas dos três poderes dividiu interpretações.

Meio cheio, meio vazio 2 Um grupo acha que o presidente levou seus auxiliares para evitar conversa mais incisiva sobre a articulação no Congresso. Outro, vê no gesto tentativa de abrir a gestão à política.

Tiro n’água Deputados que receberam a lista de cargos do governo federal disponíveis em cada estado ficaram frustrados e devolveram o documento sem indicar ninguém. Os postos relevantes, dizem, já foram preenchidos.

Papo sério As críticas de uma ala da sociedade ao inquérito aberto pelo Supremo para apurar fake news não deve fazer a corte retroceder. Movimentos incisivos para dar início ao caso são esperados já nesta semana.

Papo sério 2 Uma prioridade do STF é descobrir se há financiamento de notícias falsas nas redes e, em caso positivo, quem está por trás das ações.

É o fim  Segunda maior central do país, a Força Sindical atrasou os salários de seus funcionários. A decisão do governo Jair Bolsonaro de fixar novas regras para o pagamento da contribuição sindical foi considerada pela direção da entidade um tiro para seu “matar o funcionamento”.

Virar o jogo As centrais querem usar emendas à medida provisória do governo para reestabelecer a cobrança da contribuição. Já há articulação nesse sentido com o provável relator da proposta, Hugo Motta (PRB-PB).

Para cima A partir desta segunda (18), a Anamatra, associação que representa juízes do trabalho, começa a enviar aos deputados quatro notas técnicas contra a admissibilidade da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça. A entidade ataca artigos da proposta que atingem servidores públicos.

Mudança na Folha Folha vai alterar a composição do seu Conselho Editorial. Entram Ana Estela de Sousa Pinto, Cláudia Collucci, Cleusa Turra, Hélio Schwartsman, Heloisa Helvécia, Mônica Bergamo, Patrícia Campos Mello, Sérgio Dávila, Suzana Singer e Vinicius Mota.

Mudança na Folha 2 Deixam o colegiado, cuja função é aconselhar o jornal em sua linha editorial, Celso Pinto e Janio de Freitas.


TIROTEIO

Num esforço tremendo para não expor suas vísceras corruptas, o PSDB virou guardador de vagas na Alesp

De Paulo Fiorilo, presidente do PT paulistano, sobre o PSDB ter se antecipado na fila de protocolo da Casa para evitar CPIs contrárias à sigla

Folha de S.Paulo