O Diap, Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, publicou uma análise geral sobre a composição da nova Câmara e Senado (eleitos para 2019-2022), inicando que, na primeira Casa, a esquerda conseguiu manter sua influência, enquanto a direita cresceu e o centro caiu.

Richard Silva/PCdoB na Câmara
  
Pela direita, o partido que mais cresceu foi o de Jair Bolsonaro, o PSL, que saltou de 8 para 52 cadeira e se transformou na segunda maior bancada da Câmara. O PRB subiu de 21 para 30 cadeiras. 

Na esquerda, o PSOL conseguiu eleger 10 deputados, quatro a mais em relação a 2014. O PSB também registro crescimento, saindo de 26 para 32 parlamentares eleitos.

O PT perdeu 5 cadeiras em relação a 2014, mas é a maior bancada partidária da próxima legislatura, com 56 deputados. A segunda maior bancada é a do PP, com 37 deputados.

O PSDB perdeu 20 cadeiras na Câmara, saindo de 49 da bancada atual para 29 eleitos para 2019. O MDB perdeu 16 vagas, elegendo 34 deputados. O DEM perdeu 14, e terá 29 parlamentares na Câmara.

O PSL, apesar de ser a segunda bancada, é o recordista em votos: foram 7,6 milhões, contra 6,1 do PT, a maior bancada. O PR teve 3,8 milhões de votos e ocupa o terceiro lugar no ranking dos mais votados, seguidos pelo PSD (3,7 milhões), PSB (3,3 milhões). 

Os deputados do DEM somam 2,9 milhões de votos. O PSDB está na 10ª posição, com 2,59 milhões. O PDT de Ciro Gomes vem logo em seguida, com 2,56 milhões. A Rede de Marina foi o menos votado, com 8,4 mil.

Segundo o Diap, 48% da Câmara foi renovada, mas a fragmentação partidária continua subindo. Em 1994, no governo FHC, 21 legendas tinham representatividade na Casa. Com a reeleição de Dilma Rousseff, em 2014, o número já estava em 28. Agora, há 30 partidos com deputados eleitos.

No Senado, o MDB terá a maior bancada, com 11 senadores a partir de 2019. O PSDB terá a segunda maior bancada, com 8.