O Brasil interrompeu, em novembro, a série de sete meses de saldo positivo de vagas no mercado de trabalho, mas o Paraná seguiu firme na retomada e continuou a contratar. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho mostram um saldo – entre admissões e demissões – de 1.433 vagas com carteira assinada no Paraná. No mesmo período, o Brasil cortou 12.292 empregos.
"Este também é um bom resultado, já que demonstra a recuperação na geração de empregos formais ao longo de todo ano de 2017, lembrando que nos dois anos anteriores o resultado deste período ficou em torno de 30 mil postos negativos. Finalizamos este ano com uma boa crescente na geração de empregos no Paraná", diz o secretário da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, Artagão Júnior.
A indústria foi o setor que mais gerou empregos em 2017, com 17.888 de saldo, seguido dos serviços (14.644), comércio (5.763), agropecuária (1.538) e administração pública (389).
Os resultados negativos vieram da construção civil, que eliminou 3.284 vagas, serviços industriais de utilidade pública, com 409 vagas, e a atividade extrativa mineral, com 142 de saldo negativo.
ATIVIDADES - No ano, a atividade de abate de suínos, aves e outros pequenos animais foi a que mais contratou, com saldo de 4.716 postos. O Estado ocupa o primeiro lugar no saldo do setor no País, à frente de Santa Catarina (1.884).
Além disso, a indústria têxtil também se destacou, principalmente na atividade de confecção de peças do vestuário, com 2.496 postos – segundo maior saldo, atrás de Santa Catarina (5.511). Em seguida veio a fabricação de açúcar em bruto, com 2.049 postos.
MONTADORAS - O setor automotivo, com a fabricação de automóveis, caminhões e utilitários, é um dos grandes destaques do ano no Estado, com o maior saldo (1.451 empregos) do País no acumulado do ano, à frente de Pernambuco (1084) e Rio Grande do Sul (471). A título de comparação, São Paulo, maior polo automotivo do País, eliminou, no período, 1.660 vagas.
FOGÕES - Pato Branco foi a cidade com maior saldo no Estado, com 2.445 vagas, impulsionadas pela produção de fogões e refrigeradores, principalmente. Maringá ficou em segundo lugar, com 2.237 empregos e Cascavel em terceiro, com 1.948.
Fonte: Folha de Londrina, 03 de janeiro de 2018