Isaac Sidney teve reunião no Ministério da Fazenda para tratar da nova taxa do consignado para aposentados do INSS.

Por Jéssica Sant'Ana e Ana Paula Castro, g1 e TV Globo — Brasília

O presidente da Federação dos Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou nesta terça-feira (21) que o teto de juros de 1,70% ao mês para o consignado do INSS "não suporta" nem os custos do banco.

"O patamar fixado pelo Conselho de Previdência de 1,70% não atende a estrutura de custo dos bancos, tanto não atende que os bancos públicos também interromperam a concessão de consignado, ou seja, Banco do Brasil e Caixa interromperam porque não consegue suportar com a taxa de 1,70%", afirmou Sidney após ter reunião no Ministério da Fazenda sobre o tema.

O patamar foi definido pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) na semana passada, porém os bancos públicos e privados acabaram suspendendo a linha, porque afirmam que o novo limite não paga nem os custos. O limite anterior era de 2,14%.

Segundo Sidney, até sexta-feira deve ser tomada uma decisão. "A negociação continua e até sexta-feira nós temos a expectativa de fechar o patamar", afirmou o presidente da Febraban.

Ele também disse que o sistema bancário está disposto a achar uma taxa que atenda a todos.

"Nós precisamos sair desse impasse. A toda uma disposição da Febraban, do setor bancário pra que nós possamos encontrar o patamar que possa de um lado atender a um anseio do governo e de outro lado permitir a viabilidade econômica de crédito consignado."

G1

https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/03/21/juros-do-consigado-de-170percent-nao-suportam-os-custos-diz-presidente-de-federacao-dos-bancos.ghtml