Segundo IBGE, preços desses itens caíram 15,48%, 11,38% e 5,78%, respectivamente

Por Lucianne Carneiro, Valor — Rio

Gasolina, etanol e energia elétrica foram os três itens com maior influência para o resultado da deflação (queda do preços) medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho, que ficou em -0,68%, a maior recuo mensal da série histórica da pesquisa, iniciada em 1980.

Os dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que os preços desses produtos caíram 15,48%, 11,38% e 5,78%, respectivamente.

Já a influência para o resultado do IPCA foi de 1,04 ponto percentual, 0,10 ponto percentual e 0,24 ponto percentual, respectivamente, ou 1,38 ponto percentual se somados. Isso significa que, sem esses três itens, o IPCA teria subido 0,70% em junho.

No fim de junho, foi promulgada a lei que reduziu o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte público, do fim de junho.

Ao comentar o IPCA de julho, o gerente do IBGE responsável pelo índice, Pedro Kislanov, ressaltou a importância da redução do ICMS para o resultado do mês, mas reconheceu o efeito deve ser pontual.

“A partir de agosto, se verá menos esse efeito [de redução do ICMS]. Esse efeito deve ficar concentrado no IPCA de julho”, afirmou ele.

Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.

G1

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