O presidente do senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou em plenário a desistência de sua candidatura para a presidência da república. O pronunciamento se deu na presença do presidente de sua legenda, Gilberto Kassab. A extinção de sua candidatura já era cogitada pela diretoria do PSD, que esperava melhores resultados de seu nome nas pesquisas eleitorais.

Segundo o senador, o motivo de sua desistência se dá diante da incompatibilidade entre seu papel enquanto presidente do poder legislativo e uma campanha para presidente. “O presidente do Senado precisa agir como um magistrado, conduzindo os trabalhos com serenidade, equilíbrio e isenção, buscando consensos possíveis em nome do melhor para o país. O que é incompatível com um embate eleitoral nacional, por mais civilizado que seja o processo”, explicou.

Pacheco também afirma que o Brasil vivencia um momento crítico em sua história, que requer unidade dentro do Senado para que se consiga atender as demandas criadas por consequência da pandemia. “Meus compromissos como presidente do Senado e com o país são urgentes, inadiáveis e não permitem qualquer espaço para vaidades”, declarou.

No período eleitoral, o senador afirma que terá como prioridade garantir “dentro e fora do Senado” com que as eleições ocorram de forma limpa, e que “qualquer tentativa de retrocesso democrático deverá ser rechaçada com veemência” por quem estiver no comando da Casa.

A possibilidade de tentar uma nova campanha presidencial em futuras eleições não foi descartada por Pacheco. “Sou jovem, tenho muito trabalho ainda a prestar ao país e à vida pública. Estou em meu primeiro mandato como senador”, apontou. Afirma também estar confiante no caminho que o presidente do PSD, Gilberto Kassab, adotar para a legenda durante as eleições.