Por Ana Conceição, Valor — São Paulo

Depois da decepção com a inesperada queda nas vendas do varejo em outubro, divulgada na semana passada, analistas alertaram com mais ênfase para o estrago que o alto nível de endividamento e comprometimento de renda ainda deve causar no consumo, em meio a uma piora significativa das condições financeiras das famílias. Junto com a forte elevação dos juros iniciada neste ano, esta deve ser mais uma trava para o crescimento da atividade em 2022.

De acordo com dados do Banco Central e da Tendências Consultoria, endividamento e comprometimento continuam a bater recordes. Agora, há um agravante, o crescimento de um crédito extremamente caro e de curto prazo, composto pelo cartão de crédito rotativo e parcelado e do cheque especial, na contramão da desaceleração do crédito livre à pessoa física. São modalidades usadas para complementar renda do consumo no dia a dia.

“Além dos níveis elevados do endividamento e do comprometimento, o que merece atenção para 2022 é o crescimento do crédito emergencial, que tem juros acima de 100% ao ano”, afirma Isabela Tavares, economista da Tendências. Depois de desacelerar em 2020 com a concessão do auxílio emergencial e renegociação de dívidas, a demanda por essas linhas de crédito voltou a aumentar.

Para ler a reportagem completa, acesse o site do Valor Econômico

https://valorinveste.globo.com/produtos/credito/noticia/2021/12/14/endividamento-das-familias-poe-economia-de-2022-em-risco.ghtml