O valor aumentou em 30% desde o começo da pandemia, além de ser cinco vezes maior que o número pago no país, que é de R$ 1.100 desde janeiro

Correio Braziliense

Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que o salário mínimo necessário para suprir as necessidades de famílias de quatro pessoas deveria ser de R$ 5.969,17, um aumento de 30% desde o começo da pandemia. 

Esses dados são obtidos a partir da comparação ao salário mínimo nominal, que é pago atualmente no Brasil. A métrica leva em conta o valor da cesta básica para uma família de quatro pessoas — que consiste em dois adultos e duas crianças —, medida nas capitais, além do custo de serviços básicos como moradia, saúde, energia elétrica, entre outros. Para o cálculo, o Dieese leva em conta o valor da cesta básica mais cara do país.

Florianópolis apresentou o valor mais caro em novembro, de R$ 710,53 e Aracajú teve a cesta mais barata com o valor de R$ 473,26 reais.

O levantamento de novembro mostra ainda que o salário mínimo necessário superou em 5,42 vezes o salário mínimo, que é de 1.100 reais desde janeiro. Além disso, o preço da cesta básica aumentou em nove cidades, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste.

O governo divulgou que em 2022, o salário mínimo será reajustado em 10%, indo para R$ 1.210 reais, diante das projeções maiores de inflação. O reajuste do salário mínimo é feito pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos, além do crescimento do Produto Interno Bruto (Pib) de dois anos antes.

Apesar do reajuste para o ano que vem, o salário mínimo tende a ficar abaixo do aumento da inflação em itens essenciais, o que explica parte da discrepância com os valores básicos calculados pelo Dieese.

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