Nesta quarta-feira, a moeda norte-americana avançou 2,93%, vendida a R$ 5,3276, e registrou a maior valorização percentual diária desde 24 de junho do ano passado.

O dólar fechou em forte alta nesta quarta-feira (8), diante do acirramento das tensões políticas após os atos com pautas antidemocráticas de 7 de Setembro, e do discurso golpista do presidente Jair Bolsonaro durante as manifestações.

A moeda norte-americana subiu 2,93%, vendida a R$ 5,3276. Veja mais cotações. Foi a valorização percentual diária mais intensa desde 24 de junho de 2020 (alta de 3,36%). O patamar de fechamento é o maior desde 23 de agosto (R$ 5,3802).

Já a Bovespa recuou 3,78%.

Na segunda-feira, o dólar recuou 0,14%, a R$ 5,1760. Com o resultado desta quarta, acumula alta de 3,05% no mês. No ano, o avanço é de 2,71% ante o real.

Cenário

Os mercados avaliaram nesta quarta os desdobramentos políticos de 7 de Setembro. Protestos contra e a favor do governo do presidente Jair Bolsonaro marcaram o feriado da Independência no Brasil. Os atos aconteceram em meio a embates do presidente com o Supremo Tribunal Federal (STF), e em um contexto de queda na popularidade e nas avaliações sobre a administração Bolsonaro – e de uma acentuada crise econômica.

Durante os atos, o presidente fez ameaças golpistas, ao atacar o sistema eleitoral brasileiro, integrantes do STF e governadores e prefeitos que tomaram medidas de combate ao coronavírus. Bolsonaro dirigiu os principais ataques ao ministro do STF Alexandre de Moraes – e afirmou que não irá cumprir decisões dele.

As ameaças de Bolsonaro foram repudiadas por governadores e parlamentares, com aumento de apoio a um possível impeachment do presidente.

Nesta terça-feira, em resposta aos ataques de Bolsonaro, o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que "ninguém fechará" a Corte e que o desprezo a decisões judiciais por parte de chefe de qualquer poder configura crime de responsabilidade.

Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/09/08/dolar.ghtml