O resultado ficou abaixo do primeiro trimestre de 2021, mas é a maior taxa para um segundo trimestre de toda a série histórica do IBGE, iniciada em 2012
Por Lucianne Carneiro, Valor — Rio
A taxa de desemprego no país atingiu 14,1% no segundo trimestre de 2021, mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou abaixo do primeiro trimestre de 2021 (14,7%, patamar recorde), mas é a maior taxa para um segundo trimestre de toda a série histórica do IBGE, iniciada em 2012. O segundo pior desempenho de abril a junho tinha sido registrado em 2020 (13,3%), marcado pelo início da pandemia no país.
O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas de 21 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, que apontava para uma taxa de 14,5%. O intervalo das projeções ia de 14,1% a 14,6%.
No segundo trimestre de 2021, o país tinha 14,444 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, sem encontrá-lo. O número aponta retração de 2,4% frente ao primeiro trimestre (361 mil pessoas a menos), embora seja considerado estatisticamente estável pelo IBGE. Frente a igual período de 2020, houve alta de 12,9% (1,654 milhão de pessoas a mais).
No período, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) era de 87,8 milhões de pessoas. Isso representa alta de 2,5% em relação ao primeiro trimestre (2,1 milhões de pessoas ocupadas a mais). Frente ao segundo trimestre de 2020, o aumento é de 5,3%, ou 4,4 milhões de pessoas a mais.
Já a força de trabalho – que soma pessoas ocupadas ou em busca de empregos com 14 anos ou mais de idade – estava em 102,2 milhões no segundo trimestre de 2021, 1,8% acima de igual período de 2020 (1,78 milhão de pessoas a mais).
Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.
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