Por G1

crescimento de 1,4% na produção industrial na passagem de abril para maio foi acompanhado por 11 dos 15 locais analisados pela edição regional da Pesquisa Industrial Mensal. As maiores altas foram registradas em Goiás (4,8%) e Minas Gerais (4,6%), que eliminaram os recuos de 1,7% e 0,7% registrados em abril, seguidos por Ceará (4,4%) e Rio de Janeiro (4,3%), que acentuaram seus avanços de 3% e 1,6% no mês anterior.

“Em maio, houve uma mudança de cenário na produção industrial, que vinha registrando taxas negativas nos últimos três meses e que, em abril, teve 10 dos 15 dos locais pesquisados com resultados negativos. Essa movimentação pode ser atribuída a uma maior flexibilização das medidas restritivas em função da pandemia”, explica o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida.

Almeida lembra que, nos meses que antecederam maio, houve diversos locais do país em que foram enrijecidas as medidas de distanciamento social, devido a um novo pico do número de casos da doença. “Assim, houve paralisação de plantas da indústria, bem como a promoção de rodízios de horários de funcionamento, entre outras ações, e tudo isso afeta diretamente a cadeia produtiva. Já em maio, temos uma melhora nesse quadro e a indústria vai recuperando fôlego”, aponta.

A principal influência positiva na média nacional da indústria veio de São Paulo, puxada pelos setores de alimentos e derivados de petróleo, e, em seguida, de Minas Gerais, puxada também pela produção alimentícia, mas, ainda, por veículos automotores e metalurgia.

O Rio de Janeiro, com suas indústrias de derivados do petróleo, extrativas e farmacêutica; Goiás, com alimentos e derivados do petróleo; e Ceará, com vestuário e alimentícios, além de couro, artigos para viagem e calçados, também se destacaram.

“Já o principal impacto negativo veio do Paraná, que, com o recuo de 1,4% em maio, soma 3,6% de queda em dois meses consecutivos de retração. Mas o maior recuo percentual do mês foi o da região Nordeste (-2,8%), que registrou a sexta taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período redução de 22,2%”, acrescenta Almeida.

Veja os indicadores:

  • Goiás: 4,8%
  • Minas Gerais: 4,6%
  • Ceará: 4,4%
  • Rio de Janeiro: 4,3%
  • São Paulo: 3,9%
  • Mato Grosso: 3,4%
  • Espírito Santo: 2,1%
  • Pernambuco: 1,4%
  • Brasil: 1,4%
  • Amazonas: 0,5%
  • Rio Grande do Sul: 0,3%
  • Santa Catarina: 0,1%
  • Paraná: -1,4%
  • Pará: -2,1%
  • Bahia: -2,1%
  • Região Nordeste: -2,8%

Fonte: G1

https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/07/08/producao-industrial-cresce-em-11-de-15-locais-pesquisados-em-maio.ghtml