(foto: AEN/Jonas Oliveira)
                                          

O ManpowerGroup, líder mundial em soluções inovadoras para contratação e gestão de pessoas, anuncia os resultados da pesquisa trimestral (ManpowerGroup Employment Outlook Survey) de empregabilidade produzida pelo ManpowerGroup referente ao 3º trimestre de 2017. O estudo entrevistou 850 empregadores no Brasil e 58.688 empregadores em 43 países.
De acordo com o resultado da pesquisa as intenções de contratação para o período de julho a setembro de 2017, melhoraram 2% no Brasil, uma vez que as variações sazonais são removidas dos dados. A previsão para o 3º trimestre representa um crescimento de 15 pontos percentuais em relação ao ano anterior e 5 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Essas perspectivas são as melhores – e primeiras positivas – desde o 1º trimestre de 2015. A pesquisa no Brasil revela que 12% dos empregadores têm expectativa de aumentar o número de contratações pelos próximos três meses, 11% antecipam uma redução no ritmo de contratações e 71% não preveem mudanças em sua atual força de trabalho.

“Após dois anos apresentando indicadores negativos, agora os empregadores brasileiros se mostram mais otimistas, e podem estar respondendo a sinais de que o ambiente de negócios do Brasil está melhorando. Os empregadores preveem ganhos em seis dos oito setores. Agricultura, pesca & mineração reportaram crescimento mais forte nas intenções, com 24%. O setor de serviços foi um dos principais impulsionadores com 1% de aumento no nível de otimismo – 10 pontos percentuais de crescimento em relação ao trimestre anterior. O setor industrial também se destacou com os empregadores reportando um incremento de 5%, 7 pontos percentuais superior ao trimestre anterior”, destaca Nilson Pereira, CEO do Manpower.

                            

Comparação por setores

Empregadores preveem ganhos de folha de pagamento em seis dos oitos setores das indústrias para o próximo trimestre. As perspectivas mais fortes são relatadas no setor de agricultura, pesca & mineração, com projeções de 24%. Crescimentos mais modestos são antecipados junto aos empregadores do setor industrial, com 5%, enquanto os setores de administração pública & educação e comércio atacadista & varejista, com 3%, respectivamente. No entanto, os níveis de contratação têm expectativa de redução em dois setores, com -16% e -5%, nos setores de construção e transportes & serviços, respectivamente.

Quando comparado com o trimestre anterior, os planos de contratação se fortalecem em sete dos oito setores, com o setor de serviços apresentando crescimento mais notável com 10 pontos percentuais. Os empregadores do comércio varejista e atacadista reportaram crescimento de 9 pontos percentuais, enquanto as expectativas são 7 e 6 pontos percentuais mais fortes na indústria e agricultura, pesca & mineração, respectivamente. Entretanto, o setor de administração pública & educação, apresentou uma queda de 3 pontos percentuais.

Em relação ao ano anterior, as perspectivas de contratação melhoraram em todos os oito setores industriais. Os aumentos mais significativos de 32 e 23 pontos percentuais são relatados nos setores agricultura, pesca & mineração e industrial, respectivamente, enquanto os empregadores do setor de serviços relatam melhora de 22 pontos percentuais. As perspectivas para o setor de transporte & serviços são 13 pontos percentuais mais fortes e 12 pontos percentuais melhor nos setores de construção e administração pública & educação.

                                          

Comparações regionais

Empregadores de três das cinco regiões esperam aumentar a folha de pagamento nos próximos três meses. As maiores perspectivas de crescimento são reportadas na Grande São Paulo, com previsão de 4%, enquanto os estados de Minas Gerais e Paraná deverão crescer 2%. Entretanto, empregadores reportaram incertezas na previsão de contratações no Rio de Janeiro, com -2%, e cidade de São Paulo, -1%, respectivamente.

As intenções de contratação se fortaleceram em todas as cinco regiões quando comparado com o trimestre anterior. Os empregadores do estado do Rio de Janeiro reportaram o crescimento mais significativo, com 11 pontos percentuais, enquanto as expectativas são 4 pontos percentuais mais fortes tanto na cidade de São Paulo e também na Grande São Paulo. O crescimento de 2 pontos percentuais foi reportado nos estados de Minas Gerais e Paraná.

Quando comparado com o mesmo período do ano passado, as perspectivas também melhoraram em todas as cinco regiões, sendo que a mais notável margem de crescimento foi no estado do Rio de Janeiro com 29 pontos percentuais. Os planos de contratação foram 19 pontos percentuais mais fortes na Grande São Paulo e melhoraram 13 pontos na cidade de São Paulo. Os empregadores do estado de Minas Gerais reportaram um considerável aumento de 12 pontos percentuais, enquanto o estado do Paraná está 8 pontos percentuais mais fortes.

                                               

Comparação por tamanho de organizações

Empregadores de grandes empresas estão prevendo algumas oportunidades de contratação no 3º trimestre, com um crescimento de 10%. No entanto, os níveis de empregabilidade devem cair junto a empregadores de micro e pequenas empresas, com - 10% e - 3%, respectivamente. Entretanto, empregadores de médias empresas têm expectativa de plano de contratação em 0%.

Com relação ao trimestre anterior, a expectativa de empregadores de empresas médias é de 5 pontos percentuais melhores, enquanto o aumento de 4 pontos percentuais é reportado por empregadores de pequenas e médias empresas. Os microempreendedores relatam intenções de contratação relativamente estáveis.
Quando comparado com o 3º trimestre de 2016, as intenções de contratação são consideravelmente mais fortes em todas as quatro categorias por tamanho de organização. Empregadores de grandes empresas reportaram o mais notável crescimento com 17 pontos percentuais, enquanto a perspectiva para empregadores de empresas médias é 15 pontos percentuais melhores. Por outro lado, melhorias de 12 e 11 pontos percentuais são reportadas por empregadores de pequenas e microempresas, respectivamente.
Comparações internacionais

As previsões indicam que as folhas de pagamento crescerão em diferentes graus em 41 dos 43 países nos próximos 3 meses. Uma avaliação dos resultados globais indica que a confiança dos empregadores é semelhante ao relatado no segundo trimestre, com a maioria dos entrevistados confiantes em manter seu staff atual ou crescer a folha de pagamento ligeiramente enquanto aguardam sinais mais definitivos do mercado.

Alguns empregadores têm a expectativa de enfrentar ventos contrários nos próximos meses. Por exemplo, a confiança dos empregadores da Índia diminuiu para o seu nível menos otimista desde que sua pesquisa foi lançada. Da mesma forma, as previsões no Panamá e Peru são as mais fracas relatadas desde o início da pesquisa, enquanto as perspectivas de emprego em Cingapura diminuem para um nível nunca visto desde a recessão. Por outro lado, a previsão no Brasil vem melhorando de forma constante por quatro trimestres consecutivos e os empregadores brasileiros relataram planos positivos de contratação positivos pela primeira vez em mais de dois anos.

A metodologia da Pesquisa de Expectativa de Emprego do ManpowerGroup é conduzida em conformidade com os mais altos padrões de avaliação reconhecidos pelo mercado. A pesquisa é estruturada para respeitar as variações econômicas de cada país. A margem de erro para a avaliação nacional é de +/- 3.9%. A margem de erro da pesquisa no Brasil é de +/- 3,6%.

                           

Fonte: Bem Paraná, 18 de julho de 2017