O governo Jair Bolsonaro (PSL) acaba de completar oito meses com sua popularidade em baixa. Entre fevereiro e agosto, segundo pesquisa CNT/MDA, a rejeição ao governo disparou de 19% para 39,5%, enquanto a aprovação caiu de 38,9% para 29,4%. O Datafolha também apontou números ruins para o presidente: sua reprovação, do início de julho ao final de agosto, foi de 33% para 38%.

Por João Alves*

No Brasil de Bolsonaro, os trabalhadores perdem direitos atrás de direitos. Já são oito meses de retrocessos e cortes.No Brasil de Bolsonaro, os trabalhadores perdem direitos atrás de direitos. Já são oito meses de retrocessos e cortes.
Um fator decisivo para a piora na avaliação de Bolsonaro foram as queimadas na Amazônia, que revelaram o descaso do presidente com a pauta ambiental. Mas não é só isso.

O povo percebe que foi vítima de uma campanha mentirosa nas eleições 2018 – e que elegeu um governante despreparado e desastroso. Os brasileiros reclamam porque a saúde e a educação, além de não melhorarem, continuam a sofrer cortes.

Os trabalhadores sabem que as medidas do governo agradam aos patrões, mas retiram direitos e não geram empregos. Cadê o crescimento da economia prometido por Bolsonaro? Onde estão os milhões de empregos que seriam gerados com medidas como a reforma trabalhista, a terceirização e a reforma da Previdência?

No Brasil de Bolsonaro, os trabalhadores perdem direitos atrás de direitos. Já são oito meses de retrocessos e cortes. A hora de unir forças e reagir é agora, antes que a crise se agrave ainda mais.

João Alves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região (MG), é membro da direção da Fitmetal (Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil)