Por Alexandro Martello, G1 — Brasília

Os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação para 2019 e também elevaram a previsão de crescimento da economia neste ano.

A projeção constam no boletim de mercado conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (19) pelo Banco Central (BC). O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.

De acordo com a instituição, os analistas do mercado financeiro baixaram a estimativa de inflação para este ano de 3,76% para 3,71%. Foi a segunda queda seguida do indicador.

Com isso, a expectativa de inflação do mercado para 2019 segue abaixo da meta central, de 4,25%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

Para 2020, o mercado financeiro manteve a estimativa de inflação em 3,90%. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4% e terá sido oficialmente cumprida se o IPCA oscilar entre 2,5% e 5,5%.

PIB

Para este ano, a estimativa de alta do PIB subiu de 0,81% para 0,83%. Para 2020, a previsão de crescimento do PIB avançou de 2,1% para 2,2%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.

Para 2019, a previsão do Banco Central é de uma alta de 0,8%, e a do Ministério da Economia é de um crescimento de 0,81%.

Outras estimativas

  • Taxa de juros - O mercado manteve em 5% ao ano a previsão para a taxa Selic no fim de 2019. Atualmente, a taxa de juros está em 6% ao ano. Com isso, o mercado segue prevendo queda nos juros neste ano. Para o fim de 2020, a previsão continuou em 5,50% ao ano. Desse modo, os analistas continuam estimando alta dos juros no próximo ano.
  • Dólar - A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 subiu de R$ 3,75 para R$ 3,78 por dólar. Para o fechamento de 2020, foi elevada de R$ 3,80 para R$ 3,81 por dólar.
  • Balança comercial - Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2019 permaneceu em US$ 52 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado subiu de US$ 47,60 bilhões para US$ 48 bilhões.
  • Investimento estrangeiro - A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, ficou estável em US$ 85 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas recuou de US$ 85,28 bilhões para US$ 84,68 bilhões.

G1